Com os projetos sociais em ascensão, as organizações começam a investir
cada vez mais nesses tipos de projetos com o intuito de garantir a permanência
delas no mercado. Um exemplo de sucesso é a agência de publicidade Oh! Brasil que desenvolveu um projeto social voltado para crianças, que pretendia
conscientizar os futuros jovens brasileiros desde cedo sobre a questão da
importância de cuidar bem do meio ambiente, para uma campanha que seria
apresentada a um cliente. O cliente declinou a proposta, mas os sócios da
agência não desistiram da ideia. Eles acreditaram no projeto e decidiram
investir nele como uma marca da agência.
O Recicla Kids pretende incentivar a reciclagem nos pequeninos através de um
grupo de super-heróis temáticos. Logo que o projeto ganhou corpo, a procura
por ele foi tão grande que os sócios tiveram que desvincular ele da agência.
Assim, o Recicla Kids ganhou CNPJ próprio, uma equipe independente e
diversas propostas de parceria, inclusive uma linha de produtos está a caminho
para rentabilizar o projeto.
O desafio dos sócios agora é justamente esse. Como aconteceu muito
investimento, eles precisam de retorno, e estão negociando programas
de televisão, softwares educativos, jogos e aplicativos para SmarTV.
Os sócios acreditam que não precisam abrir mão da essência do projeto
- a responsabilidade social - para que ele possa se sustentar e gerar
retorno. Marcelo Aidar, coordenador-adjunto do Centro de Estudos em Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP, comenta sobre como
capitalizar projetos sociais. "Essas ações têm um custo, mas aumentam as
chances de a empresa permanecer no mercado em longo prazo. Se ela atende
à legislação, se preocupa com a comunidade em que está inserida e promove
melhorias, ela consegue mais financiamentos, mais apoio do governo e da
comunidade. Sem contar que as pessoas gostam de trabalhar em empresas
assim", afirma Aidar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário