Em fevereiro, houve a ruptura nas expectativas sobre a manutenção dos juros
no Brasil. Isso justifica a patinada que aconteceu nos fundos de previdência
no mês. Essa queda inesperada aconteceu quando os fundos de investimento
mostravam suas melhores marcas, e justamente os fundos que vinham de maior
alta, foram os que sofreram maior queda no mês, mas nada que prejudicará o
balanço positivo, principalmente nos fundos a longo prazo.
O grande problema das cadernetas e fundos de previdência foi a taxa de juros. E
com a queda da inflação em 2013, os investidores devem ficar atentos, pois os
papéis mais curtos tendem a ficar na zona de neutralidade: serão beneficiados
com a curva dos juros nominais menos volátil, mas prejudicados pela possível
queda da inflação esperada de curto prazo.
Os especialistas afirmam veementemente que não é hora de desanimar e é
preciso investir. O pessimismo de fevereiro dificilmente irá se repetir durante
os próximos meses e a maré, como um todo, é favorável para o brasileiro que
deseja investir em fundos de pouco risco.
William Eid Junior, professor da FGV-EAESP, afirma que o atual momento
requer do investidor uma certa tolerância ao risco. Ele diz que o investidor
não encontrará opções melhores em outros fundos de investimento, mas
caso esse seja o desejo, Eid reforça a necessidade de análise consistente de
resultados. "Para avaliar a qualidade da gestão, não basta comparar o retorno
acumulado em um período longo, porque o gestor pode ter conseguido um
resultado excepcional em um determinado ano que acabou compensando as
perdas nos outros períodos", afirma o professor.
De modo geral, os títulos mais longos não vão gerar perdas, pois essa queda
momentânea tende a ser suprida por ganhos posteriores e passados.
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