sexta-feira, 29 de março de 2013

Startup vai muito além de uma ideia boa e investimento


 A economia brasileira vive um momento positivo. Nunca tantos jovens buscaram ter o próprio negócio, a economia continua aquecida, apesar da crise internacional, as empresas estrangeiras voltam seus olhos cada vez mais para  o nosso país. Em meio a esse cenário positivo, surge um turbilhão chamado startup. São empresas em estágio inicial da área da tecnologia, que contam com grandes ideias e poucos recursos, e seu principal objetivo está em alavancar o negócio e gerar visibilidade e reconhecimento, a fim de conseguir um investidor que o apoie.

 Mas uma startup não depende só de uma boa ideia e de dinheiro para funcionar. É preciso ter profissionais dedicados no trabalho e um plano de negócios bem conciso. O ideal é que os empreendedores busquem conhecimentos para aplicar em sua empresa, com metodologias que reduzem os riscos. O dono da startup precisa buscar uma maneira eficiente de fazer o projeto vingar no menor espaço de tempo, com o menor investimento possível, e não ficar esperando um investidor milionário cair do céu.

 A concorrência é muito forte nesse setor e ele movimenta muito dinheiro, por isso, é preciso que o empreendedor procure maneiras de viabilizar o negócio com agilidade e eficiência. Em 2012, foram R$1,7 bilhão investidos no segmento, segundo a AB Startups.

 Nem todas as startups são realmente inovadoras, ou representam um produto que possa conquistar mercado. O professor Cláudio Vilar Furtado, diretor executivo do Centro de Private Equity e Venture Capital da Fundação Getulio Vargas, explica que ainda existe muito trabalho a ser feito pelos jovens empreendedores. “Quando se fala de startups brasileiras, pode-se dividir em 50% que efetivamente têm conteúdo inovador, e 50% que não têm. E se hoje há 6% ou 7% de empresas do tipo com bom conteúdo tecnológico, apenas uns 2% vão receber investimento de fundos de venture capital ou outros”, explica Furtado.



quinta-feira, 28 de março de 2013

Responsabilidade solidária nas compras coletivas


 Uma verdadeira febre que começou em 2010, os sites de compra coletiva já viveram seu grande momento. Agora, sofrem com o excesso de reclamações e falta de capacidade de entrega. O Procon-SP estima um aumento de 400% nas reclamações e mais de 250 mil multas aplicadas em empresas do setor e seus fornecedores.

A lógica de mercado dessas empresas é simples: a grande quantidade de vendas permite os baixos preços, o que, por muitas vezes, não garante a entrega, principalmente quando acontece uma demanda alta nos pedidos. A empresa pode não ter infraestrutura para suportar a produção e entrega, uma vez que não é necessário grandes investimentos para se ter um website e criar um mecanismo de compra coletiva.

 Não é à toa que esses sites fazem sucesso: as compras pela internet estão cada vez mais fazendo parte dos hábitos dos paulistanos. A Fecomercio-SP calcula que em 2012, 63% dos paulistanos fizeram compras pela internet, 11% a mais do que no ano anterior. Mas agora o desafio dessas empresas é conciliar a venda com a qualidade de entrega, para não sofrer perdas e danos irreparáveis a imagem da marca. O professor João Mario Csillag, especialista em comércio online da FGV-EAESP, calcula que nos últimos três anos, esse segmento de mercado eletrônico teve uma queda de 20%. Ele explica que “essa queda ocorreu mundialmente, puxada pelas reclamações dos consumidores que ocorrem quando a demanda não condiz com a capacidade de entrega”.

 A solução para o melhor atendimento aos clientes chama-se responsabilidade solidária. Caso haja qualquer problema com entrega ou publicidade inadequada, o consumidor é garantido pelo Código de Defesa do Consumidor que ele pode ser atendido por qualquer um dos envolvidos na transação, tanto o site quanto o fornecedor. É uma maneira que o Procon-SP encontrou de minimizar os danos do consumidor ao adquirir essas ofertas de sites desconhecidos e diminuir o número de casos não resolvidos.


quarta-feira, 27 de março de 2013

Brasil na mira dos MBAs do EUA e Europa

Com certo atraso, escolas de Administração estrangeiras começam a cravar seus pés no Brasil, uma oportunidade de oferecer educação para profissionais carentes de formação gerencial.

O Brasil é um dos países de maior crescimento anual, mas isso não foi o bastante para atrair esses MBAs para cá antes, que preferiram se dirigir primeiro para o Leste, onde investiram em China, Índia e Cingapura. Mas agora o Brasil começa a ser visto com bons olhos por instituições internacionais, e como todo mercado, a presença de bons competidores eleva a qualidade da oferta. Escolas superiores de destaque global já chegaram por aqui, como a Darden, escola de negócios da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos.

Enquanto algumas escolas abriram cursos e estabeleceram campus, escolas brasileiras mais tradicionais pensaram em maneiras de se destacar dentro do mercado brasileiro que fica cada vez mais acirrado, como a Fundação Getulio Vargas e sua faculdade de Administração (EAESP), que traçou um plano de aliança com as principais escolas de Administração do mundo, entre elas a Kenan-Flagler, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a Rotterdam School of Management, da Europa, a Egade, do México, e a Universidade Chinesa de Hong Kong, tudo para montar o programa OneMBA, que completa, este ano, 10 anos de existência.

Marina Heck, reitora associada do programa, vê o desenvolvimento do programa como parte natural do processo das empresas em apostar em seus talentos, tendo em vista que 90% dos estudantes do OneMBA são financiados pelas empresas. No exterior, a média é de apenas um terço dos estudantes bancados pelas empresas.

“Enquanto em países ricos o número dos que querem obter um MBA caiu nos últimos dois anos, as inscrições para o programa OneMBA da GV duplicaram no mesmo período”, afirma a reitora. Para ela, isso só mostra a força do mercado brasileiro nesse setor. “No passado, muitos consideravam natural ir para o exterior e fazer um programa em tempo integral, mas hoje há benefícios maiores em ficar no Brasil”, completou Heck.




terça-feira, 26 de março de 2013

Além do Gerenciamento por Categorias

 Quando se fala de integração entre varejistas e fabricantes, automaticamente lembra-se do Gerenciamento por Categorias (GC). Mas essa é uma prática do século passado. Não que haja algo errado com ela, muito pelo contrário, funciona muito bem; só que se tratando de século XXI, as práticas de venda precisam evoluir tanto quanto as pessoas evoluem seus mecanismos de compra. 

Em um seminário ministrado pelo Centro de Estudos em Varejo (GVcev) da FGV-EAESP, em novembro de 2012, foi lembrado que, quando o GC surgiu, não existia o conceito de e-commerce, o EDI (troca eletrônica de dados) era uma novidade, e pouco se sabia ou se estudava sobre os hábitos de consumo do shopper. Fornecedores se preocupavam em acompanhar as grandes fusões das redes de supermercado, enquanto varejistas cuidavam para que suas gôndolas não ficassem com rupturas.

 Hoje, o consumidor é outro. Ele evoluiu na sua prática de consumir. O tempo não é visto da mesma maneira e o comodismo é um item que pode facilmente definir o método de compra.

 E-commerces novos surgem diariamente nas telas dos computadores e as pessoas não precisam mais sair de casa para fazer suas compras do mês. O consumidor evoluiu, por isso, fabricantes e varejistas precisam acompanhar essa evolução e evoluir também as práticas de GC.

 Existem milhares de estudos sobre os hábitos dos consumidores. O varejo possui um potencial quase ilimitado nesse quesito. Compartilhar dados entre os fornecedores é um meio de alavancar as vendas e entender o real desejo do consumidor. Pesquisas de mercado podem ser fontes confiáveis de poder competitivo, lembrando que o foco deve ser sempre o consumidor final, fazendo com que ele compre mais (volume, frequência e valor).






segunda-feira, 25 de março de 2013

Empresas ainda possuem poucas mulheres presidentes

 As mulheres estão se firmando cada vez mais no mercado de trabalho brasileiro, mas ainda existem muitas barreiras a serem vencidas, e a principal delas é superar a desconfiança do próprio mercado, principalmente quando se trata de cargos mais altos dentro das corporações.


 Das 64 empresas cujas ações compõe o índice Ibovespa, apenas 4 são presididas por mulheres. São elas: Graça Foster, da Petrobras, Anna Christina Ramos Saicali, da B2W (Americanas.com e Submarino), Dilma Pena, da Sabesp e Ana Maria Machado Fernandes, do grupo EDP (do setor de energia elétrica).

 "A maior parcela dos presidentes é proveniente do setor comercial das empresas, área em que há poucas mulheres. Elas costumam ir para administração ou marketing", diz a professora da Fundação Getulio Vargas, Denise Delboni. "A gravidez também afeta. Elas se afastam por um período, enquanto os homens continuam avançando”, completou Delboni. 

 Além dessa presença reduzida nos cargos gerenciais, as mulheres ainda precisam lidar com a disparidade de salários dentro da corporação. O setor de seguros é onde existe a maior divergência de valores, com os salários das mulheres podendo ser até 34% menores do que o dos homens num mesmo  cargo. Em seguida, vem o segmento do varejo, como segundo com maiores diferenças entre homens e mulheres.

sexta-feira, 22 de março de 2013

O caminho certo para as estratégias em mídias sociais

 As redes sociais são as mídias do momento. Por serem as caçulas da mídia, em comparação aos outros meios, ainda existe muita dúvida e misticidade ao seu redor, principalmente quando se trata de usar redes sociais de maneira corporativa. As empresas, por muitas vezes, não se sentem convencidas a usar as redes sociais como canal de comunicação, até por não conhecerem seus reais benefícios. O professor Francisco Saraiva, da FGV-EAESP, afirma que as empresas não possuem poder de escolha sobre o momento de entrada nas redes sociais, pois os consumidores já estão falando sobre sua marca ou o segmento enquanto a empresa não está presente para responder ou interagir com este cliente. “Essa não é uma decisão da empresa (de entrar na rede social). Se os consumidores estão em qualquer mídia social comentando sobre o mercado, os concorrentes ou a sua empresa, seja um pequeno, médio ou gigantesco negócio, a sua marca já está nas mídias sociais, independente de você querer ou não”, afirma Saraiva.

 Isso significa que a empresa pode ser prejudicada por reclamações que ela não consegue ver, ou pode estar perdendo oportunidades de negócios que poderiam surgir em conversas nas redes sociais. Ainda mais se tratando do Brasil, onde as oportunidades surgem a cada dia e o mercado está em plena expansão. “O Brasil é um terreno muito fértil. A aceitação das redes sociais é muito grande, e as empresas ainda estão engatinhando para entender essa nova dinâmica de mercado, a qual prevalece o diálogo, conversa, o relacionamento. Não é mais comunicação, onde um fala e outro escuta”, afirma o professor Saraiva.

 O conhecimento sobre redes sociais ainda é muito vago e as empresas ainda subestimam seu valor. Cabe aos profissionais de redes sociais qualificarem cada vez mais o seu trabalho, a fim de gerar métricas cada vez mais eficientes que comprovem a eficácia dessa nova mídia. Quando se trata de consumidores (atuais ou potenciais), as redes sociais têm de sobra. Faltam empresas querendo se comunicar com essas pessoas.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Competências soft em tempos de crise

A recente crise econômica mundial pode nos levar a questionar o papel da educação no mundo dos negócios e nas escolas de business. Mais especificamente, sobre a formação de gestores capazes de lidar com as complexidades do presente momento de nossas sociedades. Podemos encontrar uma reflexão sobre esse tema no livro de Rakesh Khurana, From higher aims to hired hands. O autor nos ajuda a entender o processo histórico envolvido na formação do administrador e a construção das competências necessárias para sua atuação no mundo dos negócios.

 Antes de mais nada, Rakesh nos lembra que o debate sobre o papel social das escolas de negócios não é recente. A questão já era colocada no início da profissionalização dos administradores, no final do século XIX, nas universidades americanas. Na visão do industrial Joseph Wharton, por exemplo, seria necessário desenvolver nos jovens, ao lado do caráter sólido, conhecimentos especializados em administração para o benefício da comunidade.

 Outro exemplo, em 1919, quando assumiu a direção da Harvard Business School, a preocupação de Wallace Donham era com a formação de líderes capazes de dignificar a profissão e honrar as responsabilidades sociais que a acompanhavam.

 Logo após a Segunda Guerra, entretanto, houve nos Estados Unidos um movimento que tinha por objetivo transformar a profissão do administrador em algo tão importante como a profissão de médico e advogado. Nesse período, a população americana passou a usufruir dos resultados da produção em larga escala e os gestores/executivos passaram a ser vistos por sua contribuição social. A formação do gestor passou a incluir então a busca de ferramentas quantitativas e tecnológicas para dar racionalidade e legitimidade a processos de decisão.

 A pesquisa de Khurana mostra que dos anos 1950 até os anos 1970, tanto as competências hard como as soft estavam presentes na formação dos administradores nas principais escolas de negócios americanas. Contudo, a partir dos anos 1970 o “mercado” triunfou. predominaram, assim como uma formação eminentemente prática e avessa à reflexão e à consideração do papel social do gestor. O ponto é que as competências hard são fortemente questionadas quando aparecem as crises. Nesses momentos podemos constatar a fragilidade e as limitações das ciências econômicas e do management para a resolução de problemas de nossas sociedades. É também em momentos como o que vivemos agora, quando a gestão se transformou em uma atividade predominantemente formal, lastreada pelas finanças e pela perda de contato com os valores sociais do management, que devemos resgatar o debate sobre as competências soft na formação de nossos gestores. Especializações em detrimento de uma abordagem mais generalista. Especializações em detrimento de uma abordagem mais generalista predominaram, assim como uma formação eminentemente prática e avessa à reflexão e à consideração do papel social do gestor.

 O ponto é que as competências hard são fortemente questionadas quando aparecem as crises. Nesses momentos podemos constatar a fragilidade e as limitações das ciências econômicas e do management para a resolução de problemas de nossas sociedades. É também em momentos como o que vivemos agora, quando a gestão se transformou em uma atividade predominantemente formal, lastreada pelas finanças e pela perda de contato com os valores sociais do management, que devemos resgatar o debate sobre as competências soft na formação de nossos gestores.

Brazilian Furniture e Centro de Estudos em Sustentabilidade da GV firmam parceria

 O Brazilian Furniture é um projeto criado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), pelo Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário do Distrito Federal (SINDIMAM) e pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), que tem como objetivo promover exportação de móveis fabricados no Brasil, a fim de consolidar e fortalecer a credibilidade do produto nacional. Com poder de venda em países como Estados Unidos, México, Peru, Rússia e Chile, o Brazilian Furniture agora fechou parceria com outra instituição de respeito para ajudar em sua nova empreitada. Trata-se do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces). O objetivo da parceria é qualificar o produto da Brazilian Furniture para o exigente mercado internacional de móveis, que exige padrões de sustentabilidade comprovados.

 Os processos e produtos sustentáveis se tornam cada vez mais necessários para passar pelas barreiras de entrada nos mercados internacionais. A equipe da FGV-EAESP irá auxiliar os membros da indústria moveleira na elaboração de diagnósticos do setor e na construção conjunta de diretrizes de sustentabilidade através de visitas técnicas.

 Para Luciana Stocco Betiol, do GVces, a iniciativa é estratégica, para medir e avaliar riscos e oportunidades associados ao setor moveleiro brasileiro, ingressando na temática de fomento à inovação; ecodesign; rastreabilidade da cadeia produtiva; redução de desperdícios, e gestão de resíduos sólidos, respondendo às demandas de consumidores cada vez mais exigentes com impactos ambientais e sociais associados ao processo produtivo.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Demanda sob oferta

 O ano de 2013 começa com cara de 2012, pelo menos economicamente falando. Isso porque o país ainda está com o pé preso em diversas intervenções feitas no ano passado. Uma delas é a taxa cambial que subiu para R$2,00, com as atuações do Banco Central e do Ministro da Fazenda Guido Mantega. Outra foi a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis, a fim de aquecer o mercado.

 O problema é que esse remédio já perdeu o efeito. As estratégias do governo se resumem a incentivar o consumo e aumentar a oferta de crédito desde a recessão de 2009. Essa estratégia funcionou quando se tinha milhões de pessoas saindo da linha da pobreza e entrando na faixa de consumo e com as taxas de desemprego despencando. Hoje, o cenário é diferente e o Governo parece não ter se dado conta disso. A população brasileira está endividada, não há espaço para redução do desemprego e nem perspectiva de crescimento futuro.

 O professor Samy Dana, da FGV-EAESP, afirma, em texto próprio, que enquanto o governo estimula crédito e consumo desenfreados, ele alimenta também fantasma cada vez mais presente, chamado custo Brasil. Como a infraestrutura econômica do Brasil não pode ser considerada referencia, as intervenções que vão sendo criadas (como intervenção no câmbio e redução no IPI) servem apenas para tapar o Sol com a peneira, e com isso o Brasil cresce menos do que seus vizinhos sulamericanos e que outros emergentes ao redor do mundo, como China e Índia.

 O que está acontecendo de errado? 

 O Governo tenta incentivar a demanda desenfreada de consumo. Isso funcionou enquanto a economia estava aquecida e com pessoas entrando no mercado de trabalho. Dana afirma, ainda, que com taxas de desemprego tão baixas, é preciso aumentar a produtividade do trabalho ao invés de aquecer a demanda. “Não dá pra crescer sem investir. Somente com infraestrutura de qualidade e impostos mais baixos o preço dos produtos vão baixar, assim, mais empreendedores vão investir e mais ofertas serão criadas", afirma o professor. Com isso a demanda vem naturalmente e as intervenções não serão mais necessárias, pois a questão agora é oferta e não mais a demanda.



terça-feira, 19 de março de 2013

Senado lança vídeos explicativos sobre orçamento público

 Você sabe o que é Plano Plurianual (PPA)? E Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)? Ou então Lei Orçamentária Anual (LOA)? Nem todos conhecem essas legislaturas e siglas, mas todas elas são muito importantes para o país. Pensando nisso, o Senado lançou um projeto chamado Orçamento Fácil, trata-se de uma série de animações didáticas para ensinar como funciona o planejamento do orçamento público no Brasil.

 As animações são simples, com aparência de desenho infantil, em folhas de papel, e comparam o orçamento público com o doméstico, para facilitar o entendimento do público. Em um dos vídeos, inclusive, são utilizadas metáforas futebolísticas. Um linguajar mais próximo do grande público. O professor Marco Antonio Teixeira, do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getulio Vargas, analisou, a pedido do Estado, a didática presente nas animações e se surpreendeu. “É um projeto interessante, principalmente porque se propõe a explicar um assunto que não é fácil", afirma o professor.

 Além dos vídeos explicativos, existe também a parte interativa, na qual o internauta assume o comando de uma “cidade virtual” como prefeito e define em quais setores o dinheiro público será investido. Mais uma maneira de aproximar as pessoas da política e aumentar a compreensão e o interesse pelo assunto.

 De acordo com a equipe que gere o projeto, ele ainda não chegou nem na metade. Outras animações estarão disponíveis até o final do ano, explicando diversos temas, como a Lei de Responsabilidade Fiscal, que controla gastos dos Estados e municípios. O objetivo do projeto é aumentar a transparência dos órgãos públicos e mostrar para a população que o cidadão tem o poder de fiscalizar o governo.



segunda-feira, 18 de março de 2013

Taxa básica de juros é mantida em 7,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) e o Banco Central decidiram por manter a taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano, por decisão unânime. O Copom afirma estar atento ao cenário macroeconômico e às perspectivas de inflação para, então, tomar uma decisão quanto aos próximos passos na estratégia de política monetária. O próximo encontro do Copom acontece nos dias 16 e 17 de abril.

 A decisão do Banco Central de manter a Selic estabilizada já era esperada, mesmo com o início do ciclo de aperto com expectativas inflacionárias. "Caso a inflação pressione, o governo deve subir a Selic na próxima reunião", avaliou Samy Dana, professor da FGV-EAESP.

 O último boletim Focus lançado traz uma estimativa maior ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), embora quase irrisória, passando de 5,69% para 5,7%. Após pressão do preço dos alimentos em janeiro, é esperada uma queda no IPCA de aproximadamente 0,4%, reduzindo as chances de uma alta nos juros.

 A queda dos juros, que foi de 5,25 pontos desde 2011, fez com que crescimento do PIB também sofresse uma leve baixa. Calculado em 0,9% em 2012, o crescimento do ano anterior foi de 2,7%. A expectativa é manter a Selic nesse patamar até o final do ano. Para 2014, a estimativa é que a Selic encerre o ano em 8,25%.



sexta-feira, 15 de março de 2013

As chances que as lacunas na saúde pública deixa

Enquanto temos de um lado avanços tecnológicos que garantem medicina de ponta, do outro lado vemos um sistema de saúde precário e decadente, com pessoas sofrendo nas filas de hospitais e leitos nos corredores. Mas em meio a esse cenário caótico, alguns empreendedores aproveitam as lacunas deixadas principalmente pelo SUS (Sistema Único de Saúde, que atende cerca de 67% da população brasileira) para investir e lucrar em cima da saúde.

 “A parte de sistemas de informação requer investimento e tem sido alvo de muitas empresas”, destaca Ana Maria Malik, coordenadora do Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas. Malik também destaca que no setor gira uma verba que pode chegar a casa dos trilhões de reais, mas que apenas 50% desse montante vai pro governo. Mais uma prova da força com que os empresários chegam nesse ramo e um passo importante, devido a falta de competência dos órgãos públicos em oferecer uma saúde de qualidade.

 “Eu estive em um evento para avaliar o projeto de empreendimento no setor de saúde e fiquei abismada com a quantidade de ideias. A gente pode ver que tem uma série de coisas novas. Nós temos uma medicina do século 21, num sistema de saúde do século 20 e uma gestão do século 19”, afirma Malik.



quinta-feira, 14 de março de 2013

Títulos públicos e seus riscos

 O Tesouro Direto é um fundo de investimento de baixo risco, criado pelo Tesouro Nacional, no qual qualquer pessoa física pode investir sem sair de casa – todas as transações são feitas via internet. Mas os investidores que possuem aplicações nesse fundo tiveram uma surpresa negativa em seu extrato de fevereiro. Isso por que o fundo teve uma queda nos últimos 30 dias em resposta ao provável aumento da Selic.

O recuo do Tesouro Direto foi entre 0,49% a 7,53%, um valor considerado alto para um fundo de investimento que quase não possui riscos e rende a uma taxa combinada no momento da compra do título. Segundo Fabio Gallo Garcia, professor de Finanças da FGV-EAESP, esses números servem para lembrar que mesmo a renda fixa possui riscos, mas que, embora tenha havido essa queda, o melhor é não se desesperar e manter o investimento. “No vencimento, eles terão rendimento exatamente da taxa prevista no momento da compra, seja de 7,25% ou mais. Mas até chegar ao vencimento, o que pode ser em 2015 ou 2016, os títulos terão meses de rendimento maior ou perdas. Quem comprou 30 dias atrás e precisou vender antecipadamente realmente perdeu dinheiro”, explica. Pode parecer controverso que um título de renda fixa tenha tido uma queda em resposta a uma alta na taxa básica de juros, mas há motivos para isso. Quem comprou títulos prefixados há mais de 30 dias atrás, fixou sua taxa de retorno em 7,25% - taxa de juros da época.
 Com a alta da Selic para 7,50%, essa aplicação está rendendo abaixo do mercado, o que a deixa menos atraente a novos investidores e acaba baixando o valor do título.


quarta-feira, 13 de março de 2013

Cuidados ao tentar fazer networking

 O termo “fazer networking” pode ser definido como o ato de criar, desenvolver e manter uma boa rede de contatos profissionais. Mas como fazer isso de uma maneira eficiente e sem prejudicar a sua imagem?

 Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV- EAESP, diz, em texto próprio, que fazer um bom networking é uma arte, e que a intenção pode sair errada se for feita de maneira equivocada. “Existe o termo “arroz de evento”, que é a versão corporativa do arroz de festa. A pessoa que vai a todos os eventos do mercado e faz milhares de perguntas na hora dos debates, algumas delas longas, chatas e sem sentido. Durante o intervalo, ele não pestaneja em interromper diálogos para entregar seu cartão”, disse o professor.

 Outro hábito que pode causar má impressão é o mau uso do e-mail e das redes sociais, como ficar postando coisas supérfluas o tempo todo ou repassando correntes e e-mails com piadinhas.

 O empreendedor precisa saber aproveitar as oportunidades para estabelecer novos contatos e causar boa impressão. Mas sempre se atentando aos itens citados acima, pois é muito negativo para um empreendedor perder uma boa chance de negócio e ainda ficar com uma imagem ruim no mercado.



terça-feira, 12 de março de 2013

Mais transparência nas instituições

 Fatos recentes levantam questões importantes sobre a transparência das instituições. Está cada vez mais difícil para as instituições – seja órgão público ou privado – se manterem na penumbra de informações. Isso porque as novas tecnologias, novas leis, pressão social e aumento da concorrência são fatores cada vez mais determinantes para a queda de empresas e órgãos dúbios. 

O professor Fernando Abrucio, da FGV-EAESP, diz, em texto próprio, que a transparência no setor privado depende do envolvimento do consumidor. Os direitos do consumidor começam a pressionar as empresas por um maior conhecimento sobre origem dos produtos, por exemplo. Empresas sustentáveis precisam ter esforços efetivos nessa área, pois logo um concorrente pode surgir questionando essa prática e se fazendo valer de iniciativas mais efetivas nesse quesito. No âmbito privado, esse tipo de transparência surge com mais naturalidade. Mesmo em instituições mais fechadas e oligárquicas, como na política e no futebol, as coisas começam a mudar.





segunda-feira, 11 de março de 2013

Revendedores e consultores contratam equipes de venda para aumentar lucro

 No Brasil, existem cerca de 4 milhões de revendedores autorizados de marcas que trabalham com catálogo e venda direta por meio de consultores. Juntos, esses revendedores lucram cerca de R$10,6 bilhões por ano. Esses são dados de uma pesquisa feita pela Fundação Getulio Vargas, a pedido da Associação Brasileira de Empresas de Venda Direta (ABEVD), mostram a força dessas equipes de vendas. Em quase metade dos casos (48,4%), os revendedores trabalham com mais de uma empresa do setor.

 Os perfis são dos mais variados; existem revendedores que repassam seus produtos apenas para amigos e pessoas mais próximas para incrementar a renda mensal, enquanto outros vivem dessa revenda e chegam a montar uma equipe de vendas para dar conta da demanda. Segundo a pesquisa da FGV-EAESP, 27,1% desses revendedores possuem uma equipe de vendas. Um mercado expressivo que, por muitas vezes, passa despercebido, mas possui um grande valor econômico e representa uma boa oportunidade de negócio para muitas pessoas.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Novas demandas de trabalho aumentam a procura por novos profissionais


No mundo corporativo moderno, as demandas de trabalho são as mais variadas possíveis. Cada vez mais as empresas tentam se adequar ao novo
tripé corporativo, que se baseia nos âmbitos social, econômico e ambiental.
Além disso, a tecnologia chega com cada vez mais força nas empresas, e os profissionais têm que estar conectados às tendências para não ficarem para trás.
O mundo globalizado exige cada vez mais especialistas na área internacional, por isso, a FGV-EAESP mantém o Mestrado Profissional em Gestão Internacional, no qual os alunos estudam junto com outros de diversos países, que fazem intercâmbio na entidade. Assim, os alunos brasileiros não precisam viajar ao exterior para praticar o inglês e até outros idiomas.
Cresce também a procura e demanda por cursos de especialização e mestrado em áreas específicas, reflexo da lacuna deixada pelos cursos das universidades.
Os profissionais estão se especializando cada vez mais.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Qual é a melhor forma de financiar imóveis?

No momento de se mudar ou adquirir um novo imóvel, por qualquer que seja o motivo, uma dúvida recorrente permanece na hora de escolher a forma de financiamento que será utilizada. O mercado de crédito imobiliário oferece duas
possibilidades de financiamento: o tomador do empréstimo pode optar pela Tabela Price (TP) ou pelo Sistema de Amortização Constante (SAC).

De maneira geral, a diferença principal entre elas está no comportamento das prestações ao longo
do contrato assinado.

A prestação pela Tabela Price tende a permanecer praticamente inalterada durante todo o período de contrato, mesmo que passe por correção de valor, com a taxa básica de juros abaixo dos 8% ao ano, a variação deve mesmo ser próxima de zero. Ideal para pessoas com renda menor ou que já está toda comprometida, até por isso as barreiras de entrada nesse financiamento são menores.

Já em contrato firmado pelo Sistema de Amortização Constante, a prestação por uma redução acontece conforme o passar dos anos. O contratante vai pagar mais caro no início de contrato e chega ao final dele com um valor que pode ser menor do que a metade da primeira parcela paga. Melhor modelo de financiamento para casais jovens que não têm filhos e podem dedicar uma parte maior de sua verba nos primeiros anos.

Existe ainda uma terceira opção, que seria o consórcio, ainda muito utilizado pelos brasileiros. Segundo o professor William Eid Jr., da FGV-EAESP, esta é uma questão cultural: “O brasileiro não tem disciplina financeira e vê no consórcio uma opção simplificada de aquisição de bens”. Mas o professor Eid Jr. não considera esta forma como uma boa opção para financiamento. Embora não haja juros, o consórcio requer pagamentos de taxas e correções atreladas à inflação, que no final do contrato podem ser tão altos quanto um financiamento ou empréstimo pessoal, com o diferencial de que não se ganha direito de acesso ao bem de imediato. “Mesmo que o participante faça lances que podem dar
a ele a chance de ter o bem antecipadamente, ele está em desvantagem, pois está desembolsando um volume muito maior de uma só vez, o que não ocorre num financiamento”, completa o professor da FGV-EAESP. Para ele, poupar o dinheiro e pagar à vista ou pelo menos dar a entrada em um valor substancial são opções melhores que o consórcio. “O brasileiro não está habituado a poupar, e ao recorrer ao consórcio, acaba pagando mais e demorando mais para ter o bem em mãos”, finaliza o professor Eid Jr.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Mestrados profissionais


Reconhecidos a partir de 1998, os mestrados profissionais (MP) dobraram de tamanho nos últimos 5 anos e chegaram a marca de 499 cursos disponíveis no Brasil. Mas mesmo assim, os MPs ainda não são tão visados quanto os cursos lato sensu. Enquanto os cursos de especialização concedem o certificado, os mestrados dão título de mestre e abrem a possibilidade de lecionar para o ensino superior.

Ministério da Educação tomou providências para tornar os MPs mais atrativos. A partir de 2009, as instituições passam a ser avaliadas com outros critérios e podem incluir professores que não tenham titulação em seu corpo docente, desde que eles possuam bagagem no mercado de trabalho.

Mas o rigor de avaliação dos cursos continua alto. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do MEC responsável pela avaliação desses cursos, só classifica 29 MPs com a nota máxima 5. Isso representa 5,8% do total. Outros 376 têm notas suficientes para
funcionar.

Dentre os cursos avaliados pelo Capes com nota máxima, destaca-se o MPA- Mestrado Profissional em Administração de Empresas da FGV-EAESP. Um dos critérios de avaliação da seleção é a bagagem que o aluno carrega e os pontos de discussão que ele pode agregar à aula. “O aluno precisa trazer alguma experiência para a sala de aula. Se for muito jovem, não terá muito para acrescentar às discussões com colegas”, diz a coordenadora do curso, Marina Heck. “Quando um aluno do fim da graduação me pergunta sobre pós, sugiro esperar um pouco, adquirir bagagem profissional e fazer uma poupança para depois investir no mestrado profissional”, concluiu a coordenadora.

A região Sudeste é predominante entre os cursos de nota máxima do Capes. Dos 29 cursos 5 estrelas, 22 deles ficam na região Sudeste. Os cursos stricto sensu visam formar pesquisadores para a academia ou profissionais para o mercado de trabalho e estimular a reflexão teórica de seus estudantes.

Confira o Manual do Candidato do MPA da FGV-EAESP, para ingressantes em agosto de 2013:


terça-feira, 5 de março de 2013

Certificações e selos de sustentabilidade estimulam empresas e impulsionam


As empresas brasileiras estão cada vez mais preocupadas com a sustentabildade, e o que prova isso é o aumento considerável no número de selos e sistemas de certificação ligados à sustentabilidade, em levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Segundo o órgão, existem mais de 30 selos ligados a esse tema.

No mercado de capitais, a questão começou a ser trabalhada com o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e o Índice Carbono Eficiente (ICO2). Também aumenta, a cada ano, o número de prêmios e rankings para empresas empenhadas em fazer algo além do que separar o lixo em latas coloridas. Essas práticas estimulam as empresas a se manterem dentro dos padrões mínimos requeridos por esses índices, fato que exige mobilização de suas equipes para cumprimento dessas normas. Hoje, mais da metade das empresas que negociam ações na bolsa brasileira relatam suas atividades sustentáveis, e as que não relatam justificam o porquê disso.

Essa preocupação não é à toa, tendo em vista que o ISE tem desempenho superior às demais carteiras da casa. Em janeiro, por exemplo, o ISE fechou com alta de 0,72% enquanto o Ibovespa teve queda de 1,95%. Comparando os últimos 12 meses o ISE ficou com alta de 14,55%, enquanto Ibovespa ficou com uma queda de 5,25%.

As empresas que fazem parte do ISE dizem receber um apreço de investidores de fundos europeus, principalmente pelas práticas sustentáveis. Embora fazer parte do ISE, por si só, não eleve o valor das ações da empresa, o benefício da sustentabilidade começa a ser notado no ramo empresarial.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Consumo x Educação Financeira

Mesmo com a crise nos Estados Unidos e depois na Europa, o Brasil se manteve praticamente inabalado economicamente. Isso aconteceu principalmente devido à ascensão da classe C, que transformou mais de 40 milhões de brasileiros em consumidores. Esse poder de compra foi o que manteve a economia girando e afastou a crise daqui.
Entre janeiro e novembro do ano passado, no varejo, o crescimento acumulado das vendas foi de 8%, e as vendas no Natal também subiram.

Mas passada essa onda de boas marés para o Brasil, uma triste realidade nacional volta a assombrar a economia brasileira. Ao passo que o número de consumidores cresce, a educação econômica do brasileiro não acompanha essa evolução, que nos deixa com um cenário de endividamento, inadimplência e prejuízos para população e para poupança nacional.

O professor William Eid Jr., coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP, afirma que o problema é que se cultiva o consumo exacerbado desde cedo. “Os brasileiros devem mais do que deveriam e não olham para o futuro”, relatou o coordenador.

Mesmo com as taxas de juros mais baixas da história, a inadimplência no Brasil aumentou em 15%, comparada ao ano anterior. Isso se deve ao aumento da oferta de crédito. Pesquisas indicam que um terço das pessoas que fizeram empréstimo pagam mínimo de 5% ao mês, e um quarto delas nem sabe quanto paga de juros. "A inadimplência no país é uma bola de neve à velocidade da luz. Em dois ou três anos, muitas dívidas ficam impagáveis", afirma Eid Jr.

Esse cenário criou uma preocupação de algumas entidades para com a educação econômica do brasileiro. Cresce cada vez mais o número de programas, cursos e dicas de educação financeira. E as crianças começam a receber aulas sobre o assunto a partir do ensino fundamental até o médio. Tudo isso numa tentativa de diminuir a inadimplência e o mau uso do dinheiro que hoje é hábito do brasileiro e foi um dos motivos para o começo das grandes crises no exterior.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Por que o mercado de marketing digital está defasado de profissionais?


A internet é um dos principais meios de comunicação dessa geração, muito por conta do seu poder de interação entre os usuários e pela agilidade no repasse de informações. Com isso, o número de usuários conectados no Brasil só cresce, mais ainda com o manifesto do mobile. A popularidade da internet tem feito as pessoas substituírem as horas gastas em frente a TV pela rede, o que despertou o interesse das marcas.

Uma marca não pode se dar ao luxo de não estar presente na internet e nas redes sociais, mas algumas marcas ainda não compreendem o verdadeiro poder de alcance que elas têm na internet, principalmente quando se trata de relacionamento e interação com o consumidor. Muito dessa falta de conhecimento se dá pelo fato de existirem poucos profissionais capacitados que dominam essa ferramenta. Mas com a internet em alta e as marcas querendo investir, como é tão difícil encontrar profissionais nessa área?

Em texto próprio, Sandra Turchi, professora da FGV-EAESP em Marketing Digital, relata que, por ser uma área muito nova, existe pouca mão de obra qualificada para o serviço. Com isso, as empresas optam por delegar essas funções para outros empregados da companhia, sem qualquer experiência para essa função, fato que pode trazer consequências negativas para as marcas.

Segundo Turchi, não é questão de apenas ser heavy user de redes e gostar de internet. É preciso ter capacitação e algumas habilidades básicas que a área exige, como organização, planejamento, facilidade de comunicação, conhecimento em novas mídias, conhecimento em mídias sociais e inovações tecnológicas, boa redação, criatividade e agilidade. É preciso saber lidar com metas, métricas, pesquisa, análise.

O trabalho não é tão simples quanto parece e o profissional precisa estar atento a todos esses detalhes e estar disposto a construir seu nome no meio, através de consultorias e marketing pessoal, assim construindo seu próprio case de sucesso.