O Tesouro Direto é um fundo de investimento de baixo risco, criado pelo Tesouro Nacional, no qual qualquer pessoa física pode investir sem sair de casa
– todas as transações são feitas via internet. Mas os investidores que possuem
aplicações nesse fundo tiveram uma surpresa negativa em seu extrato de
fevereiro. Isso por que o fundo teve uma queda nos últimos 30 dias em resposta
ao provável aumento da Selic.
O recuo do Tesouro Direto foi entre 0,49% a
7,53%, um valor considerado alto para um fundo de investimento que quase não
possui riscos e rende a uma taxa combinada no momento da compra do título.
Segundo Fabio Gallo Garcia, professor de Finanças da FGV-EAESP, esses
números servem para lembrar que mesmo a renda fixa possui riscos, mas
que, embora tenha havido essa queda, o melhor é não se desesperar e manter
o investimento. “No vencimento, eles terão rendimento exatamente da taxa
prevista no momento da compra, seja de 7,25% ou mais. Mas até chegar
ao vencimento, o que pode ser em 2015 ou 2016, os títulos terão meses de
rendimento maior ou perdas. Quem comprou 30 dias atrás e precisou vender
antecipadamente realmente perdeu dinheiro”, explica.
Pode parecer controverso que um título de renda fixa tenha tido uma queda
em resposta a uma alta na taxa básica de juros, mas há motivos para isso.
Quem comprou títulos prefixados há mais de 30 dias atrás, fixou sua taxa de
retorno em 7,25% - taxa de juros da época.
Com a alta da Selic para 7,50%,
essa aplicação está rendendo abaixo do mercado, o que a deixa menos atraente a
novos investidores e acaba baixando o valor do título.
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