Enquanto temos de um lado avanços tecnológicos que garantem medicina de
ponta, do outro lado vemos um sistema de saúde precário e decadente, com
pessoas sofrendo nas filas de hospitais e leitos nos corredores. Mas em meio a
esse cenário caótico, alguns empreendedores aproveitam as lacunas deixadas
principalmente pelo SUS (Sistema Único de Saúde, que atende cerca de 67% da
população brasileira) para investir e lucrar em cima da saúde.
“A parte de sistemas de informação requer investimento e tem sido alvo de
muitas empresas”, destaca Ana Maria Malik, coordenadora do Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas. Malik também destaca que no setor gira uma verba que pode chegar a casa dos
trilhões de reais, mas que apenas 50% desse montante vai pro governo. Mais
uma prova da força com que os empresários chegam nesse ramo e um passo
importante, devido a falta de competência dos órgãos públicos em oferecer uma
saúde de qualidade.
“Eu estive em um evento para avaliar o projeto de empreendimento no setor de
saúde e fiquei abismada com a quantidade de ideias. A gente pode ver que tem
uma série de coisas novas. Nós temos uma medicina do século 21, num sistema de saúde do século 20 e uma gestão do século 19”, afirma Malik.
Profa. Malik, concordo com seus comentários. A gestão da saúde tem muito o que avançar, até porque é um sistema complexo e com muitos interesses. Sou um pesquisador e prático na área e, assim como a senhora, também vislumbro muitas oportunidades de inovação. Um grande abraço e parabéns pelo seu trabalho frente ao GV Saúde.
ResponderExcluir