quarta-feira, 27 de março de 2013

Brasil na mira dos MBAs do EUA e Europa

Com certo atraso, escolas de Administração estrangeiras começam a cravar seus pés no Brasil, uma oportunidade de oferecer educação para profissionais carentes de formação gerencial.

O Brasil é um dos países de maior crescimento anual, mas isso não foi o bastante para atrair esses MBAs para cá antes, que preferiram se dirigir primeiro para o Leste, onde investiram em China, Índia e Cingapura. Mas agora o Brasil começa a ser visto com bons olhos por instituições internacionais, e como todo mercado, a presença de bons competidores eleva a qualidade da oferta. Escolas superiores de destaque global já chegaram por aqui, como a Darden, escola de negócios da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos.

Enquanto algumas escolas abriram cursos e estabeleceram campus, escolas brasileiras mais tradicionais pensaram em maneiras de se destacar dentro do mercado brasileiro que fica cada vez mais acirrado, como a Fundação Getulio Vargas e sua faculdade de Administração (EAESP), que traçou um plano de aliança com as principais escolas de Administração do mundo, entre elas a Kenan-Flagler, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, a Rotterdam School of Management, da Europa, a Egade, do México, e a Universidade Chinesa de Hong Kong, tudo para montar o programa OneMBA, que completa, este ano, 10 anos de existência.

Marina Heck, reitora associada do programa, vê o desenvolvimento do programa como parte natural do processo das empresas em apostar em seus talentos, tendo em vista que 90% dos estudantes do OneMBA são financiados pelas empresas. No exterior, a média é de apenas um terço dos estudantes bancados pelas empresas.

“Enquanto em países ricos o número dos que querem obter um MBA caiu nos últimos dois anos, as inscrições para o programa OneMBA da GV duplicaram no mesmo período”, afirma a reitora. Para ela, isso só mostra a força do mercado brasileiro nesse setor. “No passado, muitos consideravam natural ir para o exterior e fazer um programa em tempo integral, mas hoje há benefícios maiores em ficar no Brasil”, completou Heck.




Nenhum comentário:

Postar um comentário