Uma verdadeira febre que começou em 2010, os sites de compra coletiva já viveram seu grande momento. Agora, sofrem com o excesso de reclamações e falta de capacidade de entrega. O Procon-SP estima um aumento de 400% nas reclamações e mais de 250 mil multas aplicadas em empresas do setor e seus fornecedores.
A lógica de mercado dessas empresas é simples: a grande quantidade de vendas permite os baixos preços, o que, por muitas vezes, não garante a entrega, principalmente quando acontece uma demanda alta nos pedidos. A empresa pode não ter infraestrutura para suportar a produção e entrega, uma vez que não é necessário grandes investimentos para se ter um website e criar um mecanismo de compra coletiva.
Não é à toa que esses sites fazem sucesso: as compras pela internet estão cada vez mais fazendo parte dos hábitos dos paulistanos. A Fecomercio-SP calcula que em 2012, 63% dos paulistanos fizeram compras pela internet, 11% a mais do que no ano anterior. Mas agora o desafio dessas empresas é conciliar a venda com a qualidade de entrega, para não sofrer perdas e danos irreparáveis a imagem da marca. O professor João Mario Csillag, especialista em comércio online da FGV-EAESP, calcula que nos últimos três anos, esse segmento de mercado eletrônico teve uma queda de 20%. Ele explica que “essa queda ocorreu mundialmente, puxada pelas reclamações dos consumidores que ocorrem quando a demanda não condiz com a capacidade de entrega”.
A solução para o melhor atendimento aos clientes chama-se responsabilidade solidária. Caso haja qualquer problema com entrega ou publicidade inadequada, o consumidor é garantido pelo Código de Defesa do Consumidor que ele pode ser atendido por qualquer um dos envolvidos na transação, tanto o site quanto o fornecedor. É uma maneira que o Procon-SP encontrou de minimizar os danos do consumidor ao adquirir essas ofertas de sites desconhecidos e diminuir o número de casos não resolvidos.
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