quinta-feira, 18 de abril de 2013

Empréstimos duvidosos diminuem lucratividade dos bancos

Os bancos brasileiros ainda estão em estado de alerta, por mais que a economia tenha entrado na linha e a inadimplência tenha voltado às taxas consideradas normais na economia. Quem comenta o caso é o especialista em economia da FGV-EAESP, Fabio Gallo: “A inadimplência parece ter voltado à normalidade, mas ainda não há certeza de que essa queda seja consistente na economia. Nem todos os números indicam isso, em uma economia como a nossa”.

 Em meio a esse cenário é possível destacar que, apesar das taxas de inadimplência terem caído e a economia esteja girando, os riscos não estão erradicados, pois houve a expansão do crédito em 2009/2010, que permitiu manter a economia aquecida. “Existe uma questão temporal. Quem comprou carro em 60 meses naquela época ainda está no meio do percurso e, em algum momento, pode não dar mais conta de arcar com o financiamento”, explica Gallo.

 Com todo o receio por parte dos bancos, seus lucros não têm sofrido queda, mas se mantido estáveis nos últimos dois anos, um resultado desfavorável para esse setor, ainda mais com a economia indo bem no país. Para se prevenir de empréstimos duvidosos, os bancos têm resguardado provisões no valor médio de 6,2% do total emprestado por essas instituições. Com isso o lucro dessas empresas fica comprometido. “Os balanços recentes dos bancos vieram piores justamente porque tiveram que reforçar as provisões”, afirma o professor. Esse é um problema da economia como um todo, e tal problema resguarda vários setores da economia. “A inadimplência compensa e, em alguns casos, até anula o efeito positivo da queda dos juros básicos nas linhas de crédito”, conclui o docente.



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