A recente alta movimentação na porta de saída do ministério dos transportes e toda a “crise” - proveniente desta “limpeza” - instalada no governo de Dilma Rousseff, vem, sob olhares de analistas e cientistas políticos, de forma satisfatória para o País.
Apesar de tal reestruturação forçada “cutucar a ferida” de alguns da base aliada, a Presidente promoveu uma verdadeira “faxina” no ministério a fim de cessar a crise que, há algum tempo, assombra o Planalto. Tal atitude, para analistas, convém a um “mal necessário” e que acontece de forma positiva, pois indiferente ao “desgosto” dos aliados, a Presidente consegue somar um bom apoio da opinião pública. Sobre esse aspecto, o cientista político e pesquisador da FGV-EAESP Marco Antônio Carvalho Teixeira, afirma: “Ela está dando respostas rápidas para não perder o embate com a opinião pública, principalmente com a classe média, que é um setor sensível a estas questões”. E ressalta, que agindo assim, Dilma consegue neutralizar as críticas da atual oposição sem foco de atuação. “Ela está aprendendo e cada crise ensina um pouco mais” conclui Carvalho Teixeira.
Diante desta situação, a Presidente Dilma toma medidas e atitudes administrativas de comando, inclusive em impor critérios mais técnicos para a indicação de novos aliados. O cientista político Rubens Figueredo afirma que “O gesto político de Dilma não é agregador, mas por outro lado pode mostrar que o Brasil tem comando e que esse comando coloca as questões legais e administrativas acima das questões políticas” e conclui: “Ela está agindo da maneira correta, como um presidente republicano agiria. Há muito tempo denúncias nos meios de comunicação não tinham consequências. Com Dilma, as coisas voltaram ao seu curso normal”.
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