quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Os globalistas no mercado de trabalho


"Globalistas" é o termo utilizado para os profissionais que se especializaram em viver e trabalhar fora do país, conhecidos também como nômades globais. A expansão de companhias brasileiras para outros países fez com que os profissionais aprendessem a se adaptar a outras culturas e com que as empresas investissem nesse nicho de mão de obra.

Este tipo de profissional acumula experiências no exterior e, frequentemente, precisa se mudar de país quando muda de cargo.

Segundo a diretora de RH da Unilever, Liana Fecarotta - que já morou no Chile, México, Inglaterra e EUA - esse tipo de trabalho e comportamento gera crescimento e beneficia os negócios globais das empresas.

Mas não é barato expatriar um funcionário. Algumas companhias chegam a adotar uma política de "compensação financeira" para aqueles que trabalham em lugares com baixa qualidade de vida e de custeamento de despesas adicionais, para equiparar o poder de compra dos que são transferidos para países com um custo de vida mais alto. Para complementar, também fornecem diversos outros benefícios, como passagens para visitarem o Brasil em feriados e verba para hospedagem no país.

As universidades, por sua vez, já estão mudando seus currículos para lidar com esta realidade e fazer com que os seus alunos estejam preparados para absorver culturas diferentes. O professor Gilberto Sarfati, da FGV-EAESP, buscou colegas de outros países para incorporar o projeto Xculture, no qual os alunos trabalham online, em equipes formadas por pessoas de diversos países. A intenção do projeto é desenvolver o plano de inserção de um novo produto para uma multinacional. “Estamos acompanhando uma tendência do mercado”, conclui Sarfati.

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