Um dilema comum entre empresas e colaboradores gira em torno
do home office, já que as companhia costumam ficar receosas com esse
tipo de trabalho.
Queda de produtividade e dificuldade em monitorar o trabalho do
colaborador são os principais temores das empresas quando se fala em
home office, mas a verdade é que o mundo corporativo atual não irá
suportar muito tempo sem a intervenção do profissional que atua nessa
vertente, por vários motivos de fator econômico.
O professor da FGV-EAESP, Sérgio Amad Costa, cita alguns deles,
em texto próprio. O home office permite a redução do espaço físico da
empresa, facilita o fator locomoção do colaborador e a globalização. A
começar pelo primeiro, manter uma empresa funcionando em um edifício
comercial ou uma casa envolve altos custos de aluguel e é um valor que
sobe constantemente com o passar do tempo. Como se não bastasse,
quando se calcula a relação de horas funcionando X horas ociosas de
uma empresa que funciona em horário comercial convencional (das
9h às 18h), temos uma proporção de 60% do tempo parado. Com mais
funcionários trabalhando em home office, o dono da empresa não precisa
se preocupar em encontrar uma sede tão grande e pode economizar em
aluguel.
Seguindo, temos o fator locomoção dos funcionários, que é determinante
em pólos urbanos como São Paulo, por exemplo, e influencia no
desempenho e motivação do colaborador. Retirando dele as horas gastas
no trajeto de casa até o trabalho e vice-versa, o funcionário pode passar a
render mais, de maneira mais motivada, além de significar economia em
gasto de transporte para a empresa.
No último fator destacado pelo professor da FGV-EAESP, temos a
globalização, que já exige trabalho a distância por parte dos funcionários,
ou equipes inteiras, e isso serve para aculturá-los a trabalhar dessa
maneira, hoje a maior dificuldade sentida pelas empresas. O processo
de adaptação é lento, mas vai acontecer, visto que o home office é uma
realidade que dificilmente será revertida.
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