A crise internacional mundial, que começou em 2008, ainda não foi totalmente superada. A cada dia, novos pacotes econômicos, novas medidas e novas diretrizes acontecem, mas pouca solução definitiva é vista. O Fundo Monetário Internacional emitiu um levantamento dizendo que, ainda em 2014, as estimativas de crescimento serão menores do que as obtidas entre 1995 e 2004.
Em meio a esse cenário de insegurança e desconhecimento do futuro, surgem diretrizes que aumentam o protecionismo dos mercados internos, principalmente nos países que foram menos afetados pela crise, enquanto os países em recessão lutam para abrir seus mercados para o mundo.
É justamente essa a linha que os especialistas acreditam ser a ideal para superar a crise: o investimento no comércio internacional. Os países, por questões de segurança financeira, têm preferido acordos bilaterais. O Brasil, por sua vez, continua preso às regras do Mercosul, que o impede de negociar isoladamente com outros parceiros.
Em meio a esse burburinho, surge novamente a especulação sobre a criação de uma área de livre comércio, pautada entre Estados Unidos e União Europeia. O professor Ernesto Lozardo, economista e docente da FGV-EAESP, analisa essa situação e diz que existe benefício unilateral na questão. “A criação da maior área de livre comércio do mundo poderá mais atrapalhar do que ajudar a OMC. Esse acordo atrasaria ainda mais Doha, que representaria a salvação da Europa no comércio mundial”, afirma o economista. “A crise de regras no comércio global está fragilizando o organismo multilateral”, completa.
Fonte da Imagem: Corbis Imagens
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