Desenvolvida por Niel Fligstein e Doug McAdam, a teoria dos Campos de Ação Estratégica (CAE) é apresentada no livro “A Theory of Fields”, recentemente lançado pela dupla americana. O livro começa com a base teórica do ser humano como ser social. Os autores afirmam, através de dados históricos e registros arqueológicos, que são a capacidade e a necessidade autoconsciente de organização de grupos para a ação com fins coletivos que distinguem o homem como um ser social. Baseado em trabalhos anteriores de Fligstein, os autores buscam incorporar a ideia de que é a capacidade do indivíduo de assumir a perspectiva do outro que induz a colaboração entre as partes.
A teoria dos campos afirma que neles existem dois tipos de atores, os incumbentes, ou dominantes, que possuem domínio dos recursos e podem moldar os propósitos dos campos com sua influência, e os desafiantes, que são os com menos recursos e menor influência, que necessitam com mais frequência se submeter a lógica dominante para sobreviver no campo. Uma vez que as posições dos atores se definem, existe uma tendência de estabilização do espaço e um certo favorecimento aos dominantes.
A teoria é algo muito novo e empírico, mas representa uma contribuição importante para o estudos organizacionais. Os autores sugerem uma integração complexa entre corpos teóricos distintos, o que pode ser a chave para a compreensão da dinâmica da estabilidade e da mudança nas organizações. Apenas com estudo e aplicação dessas teorias poderemos
realmente avaliar o alcance da obra e sua efetividade ao esclarecer os pontos levantados.
Fonte: Revista GV-Executivo
Fonte da imagem: Corbis Images
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