sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Tratamento humanitário


Tratamento que existe já há bastante tempo nos EUA e na Europa, as chamadas unidades de longa permanência ("Long-Term Acute Care Hospitais") oferecem um tipo de cuidado que tem como foco a reabilitação do paciente.Um paciente vítima de AVC (Acidente Vascular Cerebral), por exemplo, fica em um hospital geral apenas na fase crítica. Quando o quadro de saúde se estabiliza, uma opção é encaminhá-lo para as unidades de doentes crônicos.

"É um tipo de negócio atraente para as operadoras [de saúde] e para os prestadores [hospitais e clínicas]. O Brasil nunca teve políticas voltadas a esse tipo de necessidade", diz a médica Ana Maria Malik, coordenadora do GVsaúde, núcleo de saúde da Fundação Getulio Vargas. Segundo especialistas do setor, a tendência é que a demanda aumente no país, por conta do aumento da longevidade da população e da falta de leitos hospitalares, intensificada pela entrada de mais usuários no sistema suplementar de saúde.

Esse modelo ainda enfrenta falta de regulamentação e resistência, pois é relativamente baixo o número de pessoas que conhecem o sistema. Além disso, muitos médicos pensam que essas unidades são depósitos de paciente, e que o cuidado não será satisfatório. No entanto, estudos norte-americanos mostram o contrário: unidades de longa permanência (quando bem estruturadas) oferecem, por exemplo, maior controle de infecções. Ainda há outro fator que dificulta a aceitação do modelo entre a sociedade médica, que é o fato das consultas gerarem muito mais receita para os profissionais da saúde.

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