terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Entrevista com Ana Maria Malik, do GVsaúde


Em entrevista ao Jornal da CBN segunda edição, Ana Maria Malik, coordenadora do GVsaúde, fala sobre uma tendência que já está consolidada nos EUA e na Europa e que vem ganhando força no Brasil. Trata-se das unidades médicas de longa permanência. Hoje, no Brasil, cerca de 90% dos leitos de hospitais são para agudos, casos que necessitam de atendimento rápido e emergencial, mas tem tempo de recuperação mais baixo e, por isso, logo ficam livres, como os casos dos hospitais que atendem pronto-socorro.

Não que estes hospitais não sejam importantes, mas existem diferentes casos que necessitam de tratamentos diversos, como as pessoas mais idosas, que tem um tempo de recuperação maior e necessitam de um leito de longa permanência.

Com o aumento da qualidade de vida no Brasil, a população tende a envelhecer mais, e esses leitos serão cada vez mais procurados, fazendo com que o Brasil precise suprir essa necessidade. O que ressalta Ana Maria Malik é que, além de qualificar os serviços prestados à população, esses leitos suprem uma demanda de mercado de uma fatia considerável da população. Logo, esse tipo de leito pode ser também vantajoso do ponto de vista comercial.

As clínicas de longa permanência são mais baratas em sua infraestrutura porque não precisam de todos os aparelhos emergenciais e de tratamento intensivo que existem nas unidades de agudo. Como consequência, seu custo também será mais baixo, podendo estar ao alcance de muitas pessoas.

As primeiras unidades começam a surgir em São Paulo (uma unidade do Hospital das Clínicas) e também no Nordeste. Segundo Ana Maria Malik, esta é uma tendência que deve crescer bastante nos próximos anos por aqui.

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