quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A necessidade de reformas trabalhistas


O Brasil vive um momento em que as mudanças nas formas de produção e prestação de serviços ocorrem com espantosa velocidade. O ordenamento jurídico trabalhista precisa ser reformado para acompanhar e se adaptar a esses
novos tempos, mas tal necessidade é vista por muitos como um retrocesso e perda de conquistas dos trabalhadores.

“Assiste-se, agora, a uma verdadeira revolução, impulsionada pela tecnologia, pela velocidade da comunicação e pela globalização da economia, gerando
mudanças radicais no trabalho. Porém, o Brasil não está fazendo nada em relação à nossa tão ultrapassada e engessada legislação trabalhista para conseguir participar deste novo processo”, diz Sérgio Amad Costa, professor de Recursos Humanos e Relações Trabalhistas da FGV-EAESP.

São muitos os exemplos que podem ilustrar o descaso diante dessa questão. À terceirização, por exemplo, não se concede a devida importância e o Governo parece não saber quanto isso é capaz de auxiliar, em vários aspectos, um modelo de gestão mais moderno, com intensificação desse recurso. Por incrível que pareça, esse processo ainda precisa passar por uma análise burocrática do Tribunal Superior do Trabalho, o que dificulta e atrasa as coisas. “De nada adianta criar leis, visando atender a esse novo momento, se forem meros complementos para a nossa ultrapassada e engessada Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A reforma trabalhista não é retrocesso. Pelo contrário, é a chance de novas conquistas sustentáveis, tanto para os empregados quanto para os empregadores, diante desta nova realidade tecnológica e globalizada”, completa o professor.

Um comentário:

  1. Há diferença entre reforma e cumprir as leis. Há uma situação de não cumprimento de Leis. Os sindicatos estão sendo omissos diante dos empregadores. Os empregados estão responsáveis por lutar por reforma e não pelo cumprimento dos contratos trabalhistas. A reforma é muito interessante pra sindicatos, empregadores e quem vive dos tramites contratuais e muito pouco interessante aos empregados no que se trata de cumprir leis.

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