segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Como as mudanças climáticas podem afetar a economia
Quando ouvimos sobre mudanças climáticas, automaticamente pensamos em catástrofes naturais e nas consequências disso para o futuro da humanidade. Mas o que nem sempre lembramos é que
esses fenômenos influenciam diretamente na economia do Brasil, um país que tem grande parte do PIB baseado em produtos vindos do campo.
Um estudo denominado “Relatório Stern” aponta que as mudanças climáticas podem causar a perda de até 20% do PIB mundial por ano, enquanto evitar essas transformações custaria bem menos, apenas 1%. Segundo Fernanda Carreira, pesquisadora do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-EAESP, esses eventos climáticos extremos vão acontecer com mais frequência, aumentando os riscos para as pessoas e para a economia, fazendo com que os estragos reflitam em diversos setores, como o fornecimento de energia e produtos agrícola, o que rebaterá no bolso das pessoas.
O aumento ou escassez de chuva em uma determinada região refletem na rotina das pessoas. No supermercado, por exemplo, é cada vez mais comum não encontrar algum tipo de fruta ou legume, ou então encontrá-los por um preço muito mais alto do que o habitual. Além disso, de acordo com o relatório sobre os desastres naturais, lançado pelo IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Changeou - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), a incidência de fenômenos climáticos considerados extremos, como enchentes, furacões e alagamentos, ficarão cada vez mais intensos e frequentes. Isso pode fazer com que os seguros de casa e carro fiquem ainda mais caros.
O Brasil é de fato um país privilegiado em vários aspectos relacionados ao clima, mas, até mesmo para compreender esse privilégio, precisamos entender que não estamos imunes a gravidade e aos custos econômicos das mudanças climáticas – é preciso repensar as formas de produção e de consumo com urgência.
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