quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A influência do câmbio no crescimento do país


A força do real está diminuindo e o preço do câmbio está atingindo um patamar mais favorável para quem exporta ou é concorrente de mercadorias importadas. Divulgado pela Funcex (Fundação Centro de Estudo de Comércio Exterior), o valor da taxa cambial atingiu, em junho deste ano, o menor valor desde meados de 2009.

Com o real nesse valor, as exportações ficaram 9,4% mais rentáveis no último ano, segundo dados da Funcex. Para se ter uma noção da mudança, o Estudo do Observatório do Câmbio da FGV-EAESP mostra um “desalinhamento cambial” de 15% no fim do primeiro semestre de 2012 – algo que não pode ser considerado desprezível, mas é bem menor do que os 40% do final do ano passado. Outro dado que aponta a melhora no cenário é o índice do Big Mac, calculado pela revista norte-americana “The Economist”, que mostrou que no mês passado, o sanduíche no Brasil tinha um preço 14% mais caro do que nos Estados Unidos, mas ainda sim, é bem menor do que os 52% registrados há um ano.

No entanto, apenas o câmbio desvalorizado não será suficiente para a explosão de produtos manufaturados brasileiros, pelo menos, possibilita as empresas recompor margens ou dar descontos no preço dos produtos, aumentando a competitividade com produtos vindos do exterior. É fundamental também que os juros continuem baixos e a inflação domada. Se a economia brasileira não mantiver esse cenário, o real pode voltar a se valorizar e o país perderá a chance de ter o câmbio como principal arma para impulsionar o crescimento.

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