A crise europeia não tem apenas afetado os mercados financeiros de todo mundo. Internamente, alguns países da zona do euro também se encontram comprometidos, o que alterou completamente o funcionamento de algumas leis trabalhistas.
De acordo com o professor de Recursos Humanos e Relações Trabalhistas da FGV-EAESP, Sérgio Amad Costa, a flexibilização do trabalho é a solução para evitar o desemprego e mais crise nos países comprometidos.
Em Portugal, a adoção de algumas medidas, como reduzir o período de férias de 25 para 22 dias, o banco de 150 horas e aplicar o método compensatório (se ultrapassar em um dia, o funcionário pode reduzir a jornada em outro), auxiliaram para uma melhor administração das empresas em relação a tempo e investimentos.
A Espanha chegou a atingir 20% da taxa de desemprego e, por isso, estuda a viabilidade de negociar a redução de jornada e custo de trabalho. A França, por sua vez, já adotou as medidas propostas pelo país de língua espanhola. Já a Itália prevê mudanças no sistema de demissão, além de alterações no sistema de previdência.
Ainda segundo o professor de Recursos Humanos e Relações Trabalhistas da FGV-EAESP, as alterações na dinâmica trabalhista não visam apenas evitar o desemprego, mas também fortalecer o crescimento econômico durante o período de crise.
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