O Brasil é um dos países com maior número de impostos do mundo, e o mais caro também. Este fator está intimamente ligado à questão das taxas cobradas serem conciliadas ao capital especulativo que circula pela economia nacional, o que pode atrair capital estrangeiro.
Apesar das atuais medidas adotadas por Guido Mantega e equipe econômica, há ainda a insuficiência para conter fluxo de dólares. Isso porque, a queda da taxa básica de juro (Selic) e a elevação da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não eliminam a atratividade do País como destino de investimentos, especialmente em relação aos títulos públicos.
Os títulos públicos com prazo de 10 anos emitidos pelo Tesouro Nacional pagam ao investidor 12,55% ao ano, o que pode ser desinteressante para a economia, de acordo com compilados da Trading Economics.
Segundo o coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP, William Eid Junior, a taxa no Brasil é elevada, mesmo com seu grau de investimento.
O Brasil é também o que paga a maior taxa do bloco BRIC. Na Índia, o rendimento de um título similar é de 8,89% - quinta maior da base de dados da Trading Economics - e na China, de 3,55%.
Apenas neste ano, o governo brasileiro já elevou, por duas vezes, o IOF para captações externas. Além disso, o Banco Central tem feito compras diárias de dólares para tentar conter a valorização do real, na tentativa de reduzir o fluxo de entrada da moeda estrangeira.
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