terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os dilemas das empresas familiares


Companhias familiares possuem as mais diversas dimensões; desde as microempresas até as poderosas multinacionais. Geralmente, essas empresas começam com dois ou três sócios, mas ao logo do tempo, diversos outros parentes das gerações seguintes, como filhos e netos, vão se agregando ao negócio e trazendo um possível desequilíbrio na gestão. “Esses problemas são encontrados com muita frequência, e a condição é deixar claro até onde a família deve interferir ou não”, afirma Marcelo Marinho Aidar, coordenador adjunto do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP (GVcenn).

Geralmente, empresários procuram se cercar de pessoas confiáveis, mas que muitas vezes, não são competentes para as funções assumidas. A contração de parentes deve ser admitida com regras e com base nas habilidades do profissional, como qualquer outro funcionário. O importante é que a empresa não entre em contradição: se os funcionários têm direitos e obrigações, não é porque é parente do dono que existirão exceções.

Em uma companhia de controle familiar, há naturalmente a mistura das relações empresariais e pessoal-afetivas. Essas relações precisam ser administradas para que não interfiram no dia a dia do negócio. E, se a empresa tem como base os valores do fundador, essa cultura tem que ser mantida. Outro erro, explica Aidar, é que as pessoas ligam profissionalização com “tirar os familiares da empresa”, mas uma gestão profissional não se limita somente a esse aspecto.

Há casos, também, em que os herdeiros seguem outros caminhos e escolhem carreiras que não são ideais para a gestão de uma empresa. “Não adianta fazer um planejamento estratégico, sem considerar a família ou as famílias dessa empresa”, explica Aidar. Nesses casos, é mais indicado que haja uma visão mais imparcial através de um administrador profissional e que os herdeiros façam parte do conselho.

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