sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Índice de Ações dobra ganhos na bolsa


O Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada Novo Mercado (IGCNM), criado pela BM&FBovespa, é uma nova opção para investidores interessados em comprar ações de empresas que oferecem o que há de melhor em termos de governança no Brasil.

A bolsa já tinha um antigo intuito de oferecer a carteira, uma cesta composta pelos papéis das 127 companhias negociadas no mais exigente segmento de listagem. A composição do IGCNM será reavaliada a cada quatro meses pela bolsa, como já acontece com as demais carteiras de ações, e, paralelamente ao Índice, será mantido o IGC, Índice de Governança Corporativa, existente desde 2006 e composto por ações de empresas listadas no novo mercado de níveis 1 e 2.

Wesley Mendes da Silva, professor da FGV-EAESP, avalia que o movimento, assim como a própria criação do índice, representa uma clara sinalização de que a discussão em torno do tema avançou muito no Brasil. “A governança saiu dos manuais acadêmicos e começa a virar realidade”, completou Silva.

Juros voltam a subir no crédito


As taxas de juros em operações de crédito ao consumidor pararam, em novembro e por conta de um movimento inesperado do mercado, uma sequência de quatro quedas consecutivas e acabaram, por fim, invertendo essa situação.

Segundo pesquisa feita pela Afenac - Associação Nacional dos Executivos de Finanças – em seis linhas de crédito pesquisadas, apenas o juro no rotativo do cartão de crédito continuou inalterado. O aumento da taxa de juros para pessoa física subiu de 5,50% ao mês em outubro para 5,63% em novembro, na média, geral. A taxa anual ficou em 92,95%, sendo considerada a maior desde setembro de 2012.

O elevado índice das taxas surpreendeu os consumidores que fizeram algum tipo de empréstimo e também os especialistas que acompanhavam a queda desde de abril. Uma das explicações para essa alta inesperada é o temor do aumento da inadimplência que, atualmente, gira os 7,9% para pessoas físicas.

Desde 2009, quando ocorreu a grande inadimplência dos financiamentos de veículos, os bancos reformularam o modo de concessão ao crédito, posicionando-se de uma maneira mais restrita. Hoje em dia, já com esse método aplicado, há a visão de uma economia mais fraca, que continuará sofrendo nos próximos anos. “ Na prática, o bom pagador arca com os calotes”, completou o professor de finanças da FGV-EAESP, William Eid Júnior, sobre o assunto.

Consumidores terão que ser informados sobre tributos


Agora é lei: os consumidores brasileiros têm que ficar sabendo sobre os tributos pagos dos bens e serviços. Desde 1988, a Constituição determina que o contribuinte seja informado detalhadamente sobre os tributos embutidos nos produtos e serviços que consome, mas o texto, que definia como essa lei deve ser aplicada, foi, agora, de fato institucionalizado.

O comércio terá seis meses para se adaptar. A partir de junho de 2013, sempre que o cliente colocar a mão na carteira, saberá como exatamente para onde seu dinheiro está indo. O consumidor será informado sobre percentual e o valor aproximado em reais dos impostos para os quais o dinheiro da compra é destinado.

A ideia é que o brasileiro utilize bem essa informação para construir um país melhor. “ Nós temos um instrumento de cidadania agora legal, agora, em nossa mãos. Depende do contribuinte agir para que resolva esse problema da alta carga e baixo serviço”, defende Fernando Zilveti, advogado tributarista da FGV-EAESP.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Economia não vive só de estímulos


Desde o início de 2009, quando a crise econômica se espalhava pelo mundo como uma moléstia contagiosa, a impressão é de que os países, principalmente os mais afetados pela turbulência financeira, não reagiram bem aos estímulos fiscais e monetários. No Brasil por exemplo, o crescimento tem oscilado bastante nesse período, reflexo das incertezas externas. Ainda sim, o Brasil se encontra em uma situação melhor do que a média global.

O crescimento de 2012 foi considerado bastante fraco, e as projeções, alteradas incansavelmente ao logo do ano, bateram a marca de 1%. Isso é fruto dos estímulos fiscais oferecidos pelo Governo a partir de 2010, juntamente com a irresponsabilidade bancária na oferta de crédito. “Enquanto os efeitos negativos dos estímulos não forem removidos, agentes produtivos e consumidores aguardarão os sinais do crescimento. A boa notícia é que essa fase está próxima do fim. O ano de 2013 será marcado pelo início da retomada do crescimento baseado, principalmente, na força dos novos investimentos”, diz Ernesto Lozardo, economista da FGV-EAESP.

Mesmo assim, nem tudo está seguro para esse novo Brasil que está se despontando no cenário internacional. A falta de projetos que completem e coordenem todos os setores que ganham demanda, como tecnologia e indústrias de base, não estão sendo eficientes. Falta formação para uma mão-de-obra especializada que o país necessita e demandará em um futuro próximo. Caso isso não ocorra, a economia brasileira perderá em competitividade e poderá frustrar os interesses de investidores nacionais e internacionais.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Até quando as empresas revelam suas informações exigidas?


Atualmente, as empresas brasileiras tem muito mais a explicar. Um índice, denominado Notas Explicativas, mostra a tendência das companhias em adotar um padrão internacional de contabilidade. Mesmo assim, um estudo inédito realizado pela FGV-EAESP mostra que, na realidade, são divulgados menos de 25% das informações requeridas pela International Financial Reporting Standards (IRFS).

Edilene Santos, professora da FGV-EAESP, e uma das coordenadoras da pesquisa, diz que é compreensível que as empresas estejam numa fase de aprendizado, mas ao mesmo tempo "não dá para considerar bom" um índice geral abaixo de 25%. "Se fosse com meus alunos, todos estariam reprovados", completa. No estudo, concluiu-se que, das 366 empresas analisadas (instituições financeiras não participaram), 16% divulgou informações, atingindo o nível máximo de 36%. Diante do baixo índice, os pesquisadores decidiram levar em conta o parágrafo 31 do CPC 26, que diz que a "a entidade não precisa fornecer uma divulgação especifica, requerida por um Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC, se a informação não for material".

Sob essa nova ótica, do total de empresa analisadas, 67 não divulgaram a reconciliação do lucro, 69 disseram que não houve impacto, 92 apontaram uma redução e 138 relataram um aumento no lucro reportado. De acordo com o estudo, foi apurado um índice de cumprimento de 45% para as empresas que não tiveram efeito no lucro e de 72% para as que reportaram um impacto no lucro. "O índice de 72% é boa noticia, mas teoricamente devia ser 100%”, ressalta Edilene.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Entendeu ou quer que eu desenhe?


Diversos dados, informações importantes e situações emergenciais podem ser perdidas por conta de uma má organização e comunicação ineficaz entre as áreas de uma empresa. Tarefas como facilitação gráfica, apresentações corporativas, interações com todas as subdivisões estão se mostram cada vez mais importantes e vêm recebendo destaque no mundo empresarial.

As várias áreas de um negócio têm determinadas métricas: a produtividade, o planejamento, a prospecção de mercado, as vendas, entre outros, devem manter uma boa comunicação. "Antes, a tabulação de todas essas informações era feita à mão. Hoje, monta-se uma máscara e os dados vão entrando automaticamente, e o tempo inteiro", diz Djair Picchai, professor da FGV-EAESP.

O designer de informação é uma profissão nova cujos responsáveis devem “transcrever” todos os dados mais relevantes de uma empresa, de modo que todos os envolvidos em um determinado processo captem a mensagem da maneira eficaz possível. Esses profissionais atuam principalmente, nos meios digitais, com sites ou aplicativos. Eles acessam as páginas das empresas na internet, navegam como se fossem um cliente e depois apontam para a companhia o que não está funcionando e o que poderia melhorar para deixar o negócio mais rentável.

Menos crédito no Natal


Grande parte do varejo acredita que os níveis de financiamento das compras nas festas de fim de ano não devem superar as marcas de 2011, revelou uma pesquisa realizada pelo Centro de Excelência em Varejo da Fundação Getulio Vargas (TGV).

O estudo, realizado com mais de 260 empresas de pequeno, médio e grande porte, aponta que 43,9% dos empresários disseram que a fatia das compras ao crédito deverá ser mantida. “Esse resultado nos surpreendeu", afirmou Abraham Laredo, professor do Núcleo de Varejo do FGV in company. Segundo a pesquisa, a parcela de empresas que aposta no aumento da participação dos financiamentos no total das vendas (29%) e na redução (27,1%) é praticamente equivalente”.

O coordenador do núcleo Jacque Gelman explica que o resultado dessa projeção pode significar duas coisas: o elevado nível de endividamento da população e a redução dos juros para estimular o consumo. Mesmo com o fraco desempenho do PIB deste ano, o varejo continua com boas perspectivas para natal, sendo que 69,1% das empresas que participaram do estudo, acreditam no crescimento das vendas a vista.

Novos rumos do MBA


O paradigma do MBA no Brasil necessita de mudanças. As transformações na esfera econômica nacional, com novos negócios surgindo e o culto ao empreendedorismo, fazem necessária uma releitura do MBA, que permanece demasiadamente teórico, focado exaustivamente em formar consultores ou executivos para grandes companhias.

Para as pessoas que têm um negócio próprio, um programa de MBA é lento e não fornece elementos empíricos para a realidade de um empreendedor, que vive em um ritmo acelerado. Isso está mudando, MBAs já estão se adaptando às novas realidades dos profissionais, deixando o programa mais empírico, como aponta Marina Heck, professora da FGV-EAESP. “Quando o profissional volta à escola, quer mais informação. Quer se atualizar. Na carreira, já vê coisas práticas no dia a dia. Não é finalidade da escola ensinar isso".

Para questões de validade do programa, são necessárias algumas observações: caso o curso não seja ministrado em uma instituição de ensino, a escola precisa ter um acordo com uma faculdade ou com uma universidade. É preciso também, antes de optar por um programa, que o interessado verifique atentamente a grade de aulas, descubra quem são os professores e procure conversar com ex-alunos, para verificar se o curso atenderá às expectativas.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A economia no Brasil em 2013


Estão sendo esboçados diversos prognósticos sobre a situação da economia brasileira para o próximo ano. Por mais talentosos e qualificados que sejam os economistas modernos (principalmente aqueles que lidaram tão bem com a questão da crise econômica mundial iniciada em 2008), não há como saber, ao certo, como será a performance do Brasil em 2013.

Vale recordar que o Brasil se industrializou mediante metas muito bem definidas. “Nos anos 1955-1960, instituiu-se o modelo de substituição de importações, com o surgimento de núcleos industriais e a formação de mão de obra, graças a financiamentos públicos e externos. Entre os anos 1961-1963, o padrão de financiamento se esgotou. Assim, no período subsequente, 1964-1967, para a retomada do crescimento, foram feitas várias reformas bancárias e administrativas. E, além de alguns investimentos industriais, houve a institucionalização da correção monetária e a criação do sistema de crédito ao consumidor.” diz Sérgio Amad Costa, professor de recursos humanos e relações trabalhistas da FGV-EAESP.

E foi estimulando o consumo que o Brasil apresentou esse destaque no cenário econômico mundial, nos últimos anos. No entanto, esse paradigma não é sustentável e não deve surtir os mesmos efeitos no futuro. Para que o crescimento continue, são necessários outros tipos de investimentos, é necessário produtividade e investimento. O Brasil necessita, assim, de uma agenda macroestrutural: “formação de profissionais, via educação básica e programas de capacitação; reforma trabalhista; reforma tributária; redução do gigantismo estatal; investimentos em infraestrutura e logística; e aumento da concorrência econômica, para estimular a tecnologia e a inovação”, completa o professor.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Ferramentas para o gestor


Muitos empresários tocam seus negócios sem nunca terem recebido qualquer tipo de respaldo teórico ou acadêmico para a Administração de Empresas. No entanto, diversas ferramentas que auxiliam na gestão têm como objetivo organizar dados e ajudar a tomar decisões dentro de uma empresa.

Essas ferramentas auxiliam no momento de analisar problemas e achar soluções, ou então no planejamento e gestão de projetos. Tudo dependerá da necessidade existente no momento. O software MakeMoney, por exemplo, é indicado para gerir o plano de negócios e cuidar do caixa de uma empresa.

O CicloPDCA é um sistema aplicado de gestão que facilita a obtenção de resultados pelo empreendedor. Além disso, velhos conhecidos, como o Outlook, nunca saem de moda. Esse programa de e-mails do Windows é também uma completa e eficiente agenda para o empresário.

O professor Marcelo Aidar, do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP, diz que o investimento em sistemas integrados que auxiliem o empresário na organização do negócio é necessário, mesmo com os altos custos. "Ele [o empresário] vai gastar a partir de R$ 20 mil. Não tem segredo. Para crescer, é preciso buscar informação e investir em bons recursos", conclui.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Economista belga faz palestra na FGV-EAESP


Philippe Van Parijs, economista, filósofo e professor da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, realizou um grande debate na última sexta-feira, na sede da FGV-EAESP. Considerado um dos principais defensores do conceito de renda mínima, Parijs falou ao público sobre a importância dos rendimentos pagos pelo Estado de forma incondicional e igualitária a todos os cidadãos.

O senador e professor da Fundação Getulio Vargas, Eduardo Suplicy, que convidou o belga, estava presente e inteirou o discurso falando da importância do sistema de renda mínima, com o intuito de evitar os preconceitos contra os beneficiários de programas sociais e sobre o consenso comum de que os desempregados não procurariam trabalho por receio de perder os benefícios.

Participaram também do encontro o prefeito recém-eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o economista da Folha de São Paulo, Luiz Carlos Bresser-Pereira, e o secretário nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Paul Singer.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Vendas de Natal atraem clientes para o próximo ano


O grande aumento das vendas durante as festividades de Natal e Réveillon pode gerar reflexos positivos para o ano que vai nascer. Um dos principais fatores para isso é o atendimento e investimento em ideias simples, mas que geram bons resultados. Com criatividade e baixo custo, varejistas podem conhecer melhor as preferências de seus clientes e fidelizá-los.

“Durante as vendas de Natal, os lojistas não se preocupam com fidelização, mas com o atendimento emergencial. Porém, se não tiverem um bom atendimento, além de não fidelizarem clientes, eles podem perder potenciais vendas”, afirma a especialista em varejo Sandra Turchi, professora da FGV-EAESP.

A professora ainda ressalta que o contato do pós-venda da loja com o cliente tem que ser estratégico, com autorização do consumidor, e a comunicação deve conter informações relevantes para não se tornar cansativo ou indesejado. Turchi sugere que oferecer alguns benefícios ou brindes em troca do cadastro incrementa as chances do consumidor se interessar em passar seus dados.

De acordo com um estudo conduzido pelo Sebrae-SP com 2.552 lojistas, mais da metade (55%) não realizam nenhum tipo de ação de pós-venda e 38% realizam cadastro de clientes apenas para crediário e acabam por não utilizar as informações cadastradas para conhecer as necessidades do cliente e, posteriormente, converter esse trabalho em vendas.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Conquistando espaço no mercado


Um projeto, fruto de uma parceria entre a FGV-EAESP e o IE Business School (instituição espanhola de gestão) e patrocinado pelo banco de investimento Goldman Sachs, está sendo desenvolvido em 40 países, e o Brasil foi escolhido por se destacar entre as nações emergentes. O programa 10.000 Mulheres, lançado em 2008, é uma iniciativa filantrópica que proporciona educação empresarial.

Em sua 9ª edição, o programa tem por objetivo capacitar mulheres que estão desenvolvendo algum tipo de empreendimento, mas que não tiveram a oportunidade de finalizar seus estudos. "As mulheres que procuram pelo curso são empreendedoras. Para concorrer a uma das 35 vagas, devem ter um negócio próprio em funcionamento e não serem ex-alunas da FGV-EAESP ou demais escolas da Fundação Getulio Vargas", diz Tales Andreassi, um dos coordenadores do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP.

O programa 10.000 Mulheres, com uma carga de 178 horas, é dividido em dois módulos: empreendedorismo e serviços de apoio ao empreendedor. "Foram treinadas 250 mulheres em São Paulo e, até dezembro de 2013, serão outras cem. É um treinamento que inclui curso, consultoria e auditoria, com visitas a empresas e incubadoras", disse Andreassi.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Pessimismo no mundo empresarial


Não houve otimismo durante o encontro do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), quando foi realizada a 83ª edição de pesquisa de Índice LIDE de Clima Empresarial, que apresentou diversos dados de 2012, em São Paulo. Um estudo geral da instituição e da FGV-EAESP apresentou uma considerável queda no setor, ficando em 5,7, contra 6,2 em relação ao índice anterior.

A nota das medidas tomadas pelo Governo Federal ficou em 4,4 contra 5,1 anteriormente. Em relação ao cenário atual dos negócios, o estudo também revelou uma piora: 42% dos empresários consideram o cenário melhor, contra 49% da edição anterior. Cerca de 36% dos empreendimentos mantiveram seus números estáveis (sendo que eram 41% na pesquisa anterior). Ocorreu também uma mudança no quesito previsão para a geração de empregos diretos e indiretos: 42% dos empresários tendem a empregar; 48% esperam manter o nível de emprego atual ( esse número era de 49% na edição anterior) e 10% preveem demissão (eram 9% na sondagem anterior).

Com o cenário mais turbulento, o mundo empresarial está esperando um faturamento menor em 2013. As empresas que projetam contração passaram de 6% para 8%, ao passo que a proporção de empresas prevendo crescimento real das vendas no ano seguinte passou de 72%, em 2011, para 69%, em 2012.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Varejo em pauta


O Centro de Excelência em Varejo da FGV-EAESP e a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas), em parceria com a Associação Comercial de São Paulo, participarão, em janeiro de 2013, da Convenção Anual da Federação Nacional do Varejo (NRF) nos Estados Unidos, considerado o maior evento de varejo do mundo.

A NRF 102nd Annual Convention & Expo, chamada Retan Big Show 2013, acontece em Nova Iorque, entre os dias 13 e 16 de janeiro, onde 1,6 mil estabelecimentos varejistas dos Estados Unidos e do mundo vão expor as suas ideias, procurar por parcerias e propor melhorias para o setor. O Brasil tem atraído o interesse de grandes representantes do varejo internacional e, por isso, o encontro será muito importante para adaptar as novidade à realidade nacional. “Ao viajar para eventos como a NRF 2013, os empresários têm acesso a discussões que dominam o cenário mundial do varejo e oportunidade de estabelecer contato para futuras parcerias. As inovações estão no Brasil ao mesmo tempo em que estão nos Estados Unidos, na Europa ou na Ásia”, diz Jacques Gelman, coordenador do Centro de Estudos em Varejo da FGV-EAESP.

No dia 18/01, um seminário coordenado pela instituição faz o balanço da viagem. Empresas sediadas ou com unidades em Minas Gerais podem participar da missão, sem restrições de segmento ou porte. Os grupos passam a integrar o cadastro do consulado norte-americano no Brasil e são convidados para os demais eventos de varejo daquele país. As empresas interessadas têm até o dia 3 de dezembro para contatar a Federaminas através do site (www. federaminas.com.br).

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Dedução de IR em fundos


Você sabia que é possível deduzir as contribuições para o Imposto de Renda em fundos? Dentre as vantagens fiscais desse tipo de produto, está a possibilidade de abater as contribuições pagas para esses fundos de previdência do Imposto de Renda Pessoa Física. Para isso, é necessário que o contribuinte faça a declaração de modo completo.

O limite para essa dedução é de 12% do valor da renda bruta anual do contribuinte e, para fazer isso no abate dos valores pagos ao Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), é necessário que o contribuinte esteja também vinculado ao INSS, pois o modelo completo de declaração de ajuste anual exigirá informações desse órgão. É preciso lembrar que, no momento de sacar os recursos do PGBL, a tributação de IR cairá sobre os valores totais e não só sobre os rendimentos do fundo. Na verdade, o Governo não está abrindo mão do tributo, mas está postergando o seu pagamento - o chamado diferimento.

Mesmo com essas vantagens fiscais, o professor da FGV-EAESP, Samy Dana, diz que é preciso ter atenção com as taxas de administração e de carregamento dos fundos de previdência. "Os ganhos com as vantagens tributárias podem ser perdidos em razão dos valores pagos nas outras taxas. O interessante seria que a taxa de administração fosse de 0,5%, no máximo, ao ano, e a de carregamento fosse zerada, pois na maioria dos casos, em função do tempo de permanência, há esta possibilidade”, concluiu Dana.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O acesso da classe C


Oriundos da maior nação consumista do mundo (logicamente, os Estados Unidos), os shoppings centers recebem mais de 11 milhões de consumidores por dia no Brasil, segundo o Ibope. Os principais fatores dessa estrutura que mais atraem os clientes são, primeiro, a questão da segurança, que dá sensação de poder “circular livremente” em um grande perímetro e, na sequência, o conforto de encontrar tudo o que se precisa em um mesmo local.

Mesmo que os custos para iniciar esse tipo de empreendimento sejam altos, o retorno em faturamento são, na grande maioria da vezes, garantidos e vantajosos, quando há uma boa gestão e planejamento de vendas. Para isso, é necessário saber o público com o qual está lidando. Com a melhoria na economia, a ascensão da classe média está delineando novos rumos para o mercado de consumo no Brasil. A classe C está ganhando cada vez mais destaque e tem inspirado novos modelos de negócios voltados para atender esse público.

Esses consumidores trabalham, têm um ritmo de vida acelerado e, assim como as classes de maior poder aquisitivo, também querem desfrutar de alguns privilégios. “Portanto, empreendedores e vendedores devem estar atentos à tendência, que pode ser vista como uma oportunidade de negócio ou até mesmo como um modelo que sirva de parâmetro para lojas de ruas e demais serviços. Isso porque clientes estão à procura de rapidez, praticidade, conforto e segurança juntos, em um só lugar.”, diz Mário Rodrigues, pós-graduado pela FGV-EAESP e Diretor do Instituto Brasileiro de Vendas (IBVendas).

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Acesso a serviços


O Banco Mundial divulgou informações preocupantes: em diversos países do mundo, milhares de pessoas que estão na linha da pobreza não têm acesso ou fazem uso de maneira precária dos serviços financeiros em geral. Os dados concluíram que, dos 148 países onde foram analisados indicadores em relação a meios de pagamento, poupança, seguro e empréstimo, mais de 2 bilhões de pessoas estão sem acesso, ou com acesso limitado a serviços financeiros formais.

No Brasil, calcula-se que cerca de 56% da população adulta possua conta em instituições financeiras, mas, em relação à população com renda mais baixa, esse percentual cai para 33 – destoando dos 89% da população adulta dos países desenvolvidos. “Portanto, a tarefa da inclusão financeira é gigantesca e não pode ser cumprida somente pelas chamadas instituições de microfinanças (IMFs). É necessário haver não somente um efetivo engajamento dos participantes do sistema financeiro tradicional, tais como bancos e seguradoras, mas também um movimento articulado envolvendo novos atores, capazes de inovar e desenvolver novos modelos de atuação no âmbito das microfinanças”, relata Adrian Kemmer Cernev, professor e pesquisador do Centro de Estudos em Microfinanças da FGV-EAESP.

Outro dado que merece atenção é em relação ao Mobile Money, que ainda rasteja no Brasil. Segundo a Anatel, há cerca de 258 milhões de celulares ativos no país – obviamente, uma grande parcela desses usuários está excluída do sistema financeiro formal. Essas restrições partem, principalmente, de questões regulatórias, que englobam uma complicada relação entre bancos e empresas responsáveis pela telefonia móvel e bandeiras de cartões. Nesse sentido, um estudo que está sendo realizado pelo Centro de Estudos em Microfinanças da FGV avalia um projeto piloto de pagamentos móveis, incluindo aí os beneficiários do Bolsa Família, no Conjunto Palmeira, em Fortaleza. “Resultados preliminares mostram várias dificuldades para a estruturação e a governança de serviços que são, ao mesmo tempo, financeiros e de comunicação móvel”, complementa Cernev.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Projetado por Oscar Niemeyer para FGV do Rio de Janeiro

A expansão do conjunto arquitetônico da Fundação Getulio Vargas, a Torre Oscar Niemeyer, foi projetada pelo arquiteto homônimo. O anexo fica ao lado da sede da FGV, na Praia de Botafogo - Rio de Janeiro. A construção tem 19 andares, dois subsolos de estacionamento e um centro cultural. As edificações, que simbolizam um presente da arte de Niemeyer à cidade do Rio, mantém a sintonia com as linhas do edifício sede e estão dentro de um conceito urbanístico que prevê a perfeita harmonia com os prédios próximos e a paisagem local.

O novo complexo começou a ser construído 42 anos após a inauguração da sede, que conta com 14 andares. Carlos Ivan, presidente da FGV, anunciou que pedirá ao Patrimônio Histórico o tombamento do novo prédio.

As obras do arquiteto carioca ficaram mundialmente conhecidas devido à singularidade da perspectiva plástica utilizada nas armações de concreto. Em quase 80 anos de atividades, Niemeyer levou o estilo sinuoso de seus projetos não só a diversas cidades do País, como também fez contribuições a diversas obras arquitetônicas ao redor do mundo. Ontem, aos 104 anos, o “arquiteto do planalto” se despedia do Brasil.

Já pensou sobre o que fazer com o 13º?


Por conta do novo patamar econômico em que o Brasil se encontra, com a melhoria no nível de emprego e maior acesso a bens de consumo e linhas de crédito e outras facilidades oferecidas pelo governo para estimular o consumo (como a redução do IPI), o brasileiro acabou se descontrolando e se endividando mais.

Por isso, com o final do ano chegando, o 13º vem como uma forma de aliviar o consumidor para quitar ou renegociar suas dívidas. “Pela elevada parcela da população estar endividada, e muitas vezes, com dividas “caras”, como no caso dos cheques especiais e cartões de crédito, sugiro que se faça um acordo para a quitação das mesmas e, caso seja necessário, refazê-las, com taxas mais baixas, que estão disponíveis sob diferentes formas hoje no mercado, acompanhando a queda da Selic”, diz Thiago Flores, professor da FGV-EAESP.

Para quem está com uma boa condição financeira e sem dívidas, o 13º pode ser utilizado como investimento. Caso o seu perfil seja de um investidor de baixo risco, a caderneta de poupança é uma boa opção. Caso queira fazer uso do dinheiro a curto prazo, invista em uma viagem com a família ou faça as compras que tanto deseja, estando sempre alerta ao utilizar o crédito.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mudanças no comportamento empresarial


Na forte transição do mundo cartesiano, onde a técnica era quem mandava, para um mundo que valoriza cada vez mais as ideias e livre pensamento do ser humano, a mão-de-obra está sendo substituída pelo capital intelectual – e não se comanda o trabalhador com esse perfil da mesma forma que se motiva uma pessoa a utilizar seu intelecto para produzir alguma coisa.

Cada vez mais, a inovação tem sido um fator de sucesso muito grande na esfera empresarial. “A criatividade não vem do processo cartesiano, pelo contrário, é um processo muito diferente. E ocorre em áreas diferentes do cérebro. Há uma revolução muito grande no entendimento de como nosso cérebro funciona, dado o avanço da neurologia. O primeiro sinal muito forte sobre isso foi dado por um médico português Antônio Damazo, um dos melhores neurocirurgiões que atuam nos Estado Unidos, que escreveu um livro de divulgação chamado 'O erro de Descartes', “no qual ele apontava que o filósofo não tinha razão: não é 'penso logo existo', mas 'sinto, logo penso'”, diz Moisés Fry Sznifer, professor dos programas de mestrado e doutorado da FGV-EAESP.

O CEO, pessoa que mais deveria possuir conhecimentos técnicos, que justamente por razões técnicas chegou ao posto que ocupa, deve, agora, ter inteligência emocional para comandar. Essa transição da mão-de-obra para o capital intelectual exige que o líder cuide dos afetos das relações entre as pessoas, e não mais somente do “comanda e obedece”.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Financiamento para o negócio próprio


Começar um pequeno negócio no Brasil ainda é difícil. Mesmo com a recente facilidade para conseguir empréstimos a juros mais baixos, levantar os recursos necessários ainda exige diversas outras burocracias.

Uma primeira dica é não imobilizar capital, deixando, assim, uma reserva para quando precisar. Assim, em vez de comprar um ponto comercial, alugue. “O custo do aluguel varia entre 0,5% a 1% do valor do imóvel, seguramente bem menor do que as taxas de juros que você terá que pagar ao solicitar empréstimos bancários”, diz Tales Andreassi, professor e coordenador do Centro de estudos em Empreendedorismo da FGV-EAESP.

Uma das formas mais práticas é recorrer às linhas de financiamento bancárias específicas para compra de máquinas, equipamentos ou veículos. Nesses casos, as taxas de juros são consideravelmente menores do que outras linhas, porque esses bens funcionam como a própria garantia do empréstimo. Tenha certeza de fazer uma boa pesquisa das ofertas de crédito e não aceite a primeira proposta que seu gerente oferecer. “Procure também linhas específicas de crédito, criadas para determinado propósito, por exemplo, para o estabelecimento de franquias ou investimentos em inovação, pois nesses casos as taxas também costumam ser menores”, completa Andreassi.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Investimentos de fora


O próximo ano deve ser bastante favorável para a atração de novos investimentos internacionais para o Brasil. A necessidade do governo norte-americano de rever a sua situação fiscal, a tentativa europeia de contornar a crise e a retomada do crescimento asiático (encabeçado pela China) devem incrementar a economia brasileira.

De acordo com analistas, apesar do baixo crescimento do PIB em 2012 (estimado em 1,6% e 1,8%), o próximo ano deve apresentar uma elevação de até 5% - e a retomada dos investimentos é um ponto chave para essa aceleração.

Os setores que mais receberão investimentos devem ser os de infraestrutura, de construção e o de varejo. Para Celina Ramalho, professora da FGV-EAESP, o potencial de crescimento da economia para 2013 e 2014 vai oscilar na faixa de 3,5% a 4%. Ela prevê retração dos juros, com a Selic, hoje em 7,25%, crescendo até 5% em função das medidas de estímulo.

O mercado interno brasileiro é gigantesco – incorporou mais de 40 milhões de pessoas à classe média e, juntamente com a China e a Índia, deve liderar o crescimento da economia do mundo nos próximos anos. “A grande vantagem do Brasil em relação a outros países é que ele terá efeitos multiplicadores sobre o restante da economia por pelo menos dez anos, tranquilamente”, completa Celina.