quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
A economia no Brasil em 2013
Estão sendo esboçados diversos prognósticos sobre a situação da economia brasileira para o próximo ano. Por mais talentosos e qualificados que sejam os economistas modernos (principalmente aqueles que lidaram tão bem com a questão da crise econômica mundial iniciada em 2008), não há como saber, ao certo, como será a performance do Brasil em 2013.
Vale recordar que o Brasil se industrializou mediante metas muito bem definidas. “Nos anos 1955-1960, instituiu-se o modelo de substituição de importações, com o surgimento de núcleos industriais e a formação de mão de obra, graças a financiamentos públicos e externos. Entre os anos 1961-1963, o padrão de financiamento se esgotou. Assim, no período subsequente, 1964-1967, para a retomada do crescimento, foram feitas várias reformas bancárias e administrativas. E, além de alguns investimentos industriais, houve a institucionalização da correção monetária e a criação do sistema de crédito ao consumidor.” diz Sérgio Amad Costa, professor de recursos humanos e relações trabalhistas da FGV-EAESP.
E foi estimulando o consumo que o Brasil apresentou esse destaque no cenário econômico mundial, nos últimos anos. No entanto, esse paradigma não é sustentável e não deve surtir os mesmos efeitos no futuro. Para que o crescimento continue, são necessários outros tipos de investimentos, é necessário produtividade e investimento. O Brasil necessita, assim, de uma agenda macroestrutural: “formação de profissionais, via educação básica e programas de capacitação; reforma trabalhista; reforma tributária; redução do gigantismo estatal; investimentos em infraestrutura e logística; e aumento da concorrência econômica, para estimular a tecnologia e a inovação”, completa o professor.
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