sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Acesso a serviços
O Banco Mundial divulgou informações preocupantes: em diversos países do mundo, milhares de pessoas que estão na linha da pobreza não têm acesso ou fazem uso de maneira precária dos serviços financeiros em geral. Os dados concluíram que, dos 148 países onde foram analisados indicadores em relação a meios de pagamento, poupança, seguro e empréstimo, mais de 2 bilhões de pessoas estão sem acesso, ou com acesso limitado a serviços financeiros formais.
No Brasil, calcula-se que cerca de 56% da população adulta possua conta em instituições financeiras, mas, em relação à população com renda mais baixa, esse percentual cai para 33 – destoando dos 89% da população adulta dos países desenvolvidos. “Portanto, a tarefa da inclusão financeira é gigantesca e não pode ser cumprida somente pelas chamadas instituições de microfinanças (IMFs). É necessário haver não somente um efetivo engajamento dos participantes do sistema financeiro tradicional, tais como bancos e seguradoras, mas também um movimento articulado envolvendo novos atores, capazes de inovar e desenvolver novos modelos de atuação no âmbito das microfinanças”, relata Adrian Kemmer Cernev, professor e pesquisador do Centro de Estudos em Microfinanças da FGV-EAESP.
Outro dado que merece atenção é em relação ao Mobile Money, que ainda rasteja no Brasil. Segundo a Anatel, há cerca de 258 milhões de celulares ativos no país – obviamente, uma grande parcela desses usuários está excluída do sistema financeiro formal. Essas restrições partem, principalmente, de questões regulatórias, que englobam uma complicada relação entre bancos e empresas responsáveis pela telefonia móvel e bandeiras de cartões. Nesse sentido, um estudo que está sendo realizado pelo Centro de Estudos em Microfinanças da FGV avalia um projeto piloto de pagamentos móveis, incluindo aí os beneficiários do Bolsa Família, no Conjunto Palmeira, em Fortaleza. “Resultados preliminares mostram várias dificuldades para a estruturação e a governança de serviços que são, ao mesmo tempo, financeiros e de comunicação móvel”, complementa Cernev.
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