quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Até quando as empresas revelam suas informações exigidas?


Atualmente, as empresas brasileiras tem muito mais a explicar. Um índice, denominado Notas Explicativas, mostra a tendência das companhias em adotar um padrão internacional de contabilidade. Mesmo assim, um estudo inédito realizado pela FGV-EAESP mostra que, na realidade, são divulgados menos de 25% das informações requeridas pela International Financial Reporting Standards (IRFS).

Edilene Santos, professora da FGV-EAESP, e uma das coordenadoras da pesquisa, diz que é compreensível que as empresas estejam numa fase de aprendizado, mas ao mesmo tempo "não dá para considerar bom" um índice geral abaixo de 25%. "Se fosse com meus alunos, todos estariam reprovados", completa. No estudo, concluiu-se que, das 366 empresas analisadas (instituições financeiras não participaram), 16% divulgou informações, atingindo o nível máximo de 36%. Diante do baixo índice, os pesquisadores decidiram levar em conta o parágrafo 31 do CPC 26, que diz que a "a entidade não precisa fornecer uma divulgação especifica, requerida por um Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC, se a informação não for material".

Sob essa nova ótica, do total de empresa analisadas, 67 não divulgaram a reconciliação do lucro, 69 disseram que não houve impacto, 92 apontaram uma redução e 138 relataram um aumento no lucro reportado. De acordo com o estudo, foi apurado um índice de cumprimento de 45% para as empresas que não tiveram efeito no lucro e de 72% para as que reportaram um impacto no lucro. "O índice de 72% é boa noticia, mas teoricamente devia ser 100%”, ressalta Edilene.

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