sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Sobre a eficiência no trabalho


Muitas horas de trabalho podem gerar grande estresse entre os profissionais. De acordo com um estudo conduzido pelo International Stress Management Association do Brasil (Isma Brasil), cerca de 62% dos 1000 executivos entrevistados das cidades de São Paulo e Rio Grande do Sul apontam a falta de tempo como fonte de estresse. Pouca gente se planeja direito para cumprir as tarefas. "Se não houver gerenciamento do tempo, o profissional fica refém das circunstâncias", diz João Baptista Brandão, professor da FGV-EAESP.

Tanto o funcionário quanto o chefe precisam estabelecer metas e horários, além de serem transparentes com o que a empresa espera de cada um – o diálogo aberto reflete muito na execução de um trabalho. O período de almoço deve ser respeitado e muito bem aproveitado. Uma soneca entre 15 a 30 minutos melhora a capacidade de atenção e diminui o déficit de atenção, que é o grande causador da perda de rendimento. Esse tempo pode ser usado para ler um livro, revista, ou para outra atividade que desvie a mente um pouco das preocupações do trabalho e relaxar o corpo e a mente.

Ir além do seu trabalho também ajuda muito. Cumprimentar a todos com um sorriso e se mostrar útil pode até ser um sistema para você fazer coisas mais eficientes, mesmo se não houver compensação imediata monetária para isso. Pedir um feedback sobre o trabalho, conversando com o supervisor imediato sobre o que pode ser mudado ou melhorado, é um ponto muito relevante também.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Produtividade técnica


Diversos especialistas estão chamando a atenção para a importância do aprimoramento do ensino técnico para jovens brasileiros. Governos, entidades civis e empresas terão que unir as forças para a qualificação da mão de obra para suprir a demanda de trabalhadores especializados, que o País tanto precisa para crescer. Falando em crescimento econômico, o despontamento que o Brasil teve no cenário internacional deu-se, principalmente, pelo aumento da oferta de crédito e do consumo interno. Sem bases mais sólidas, dificilmente a nação se manterá no patamar atual por muito tempo.

A escassez de profissionais com formações nas áreas de ciência e engenharia é outro grande problema do país. Segundo o Anuário Mundial da Competitividade (WCY, na sigla em inglês), somente 15,2% dos alunos de universidades e faculdades brasileiras estão matriculados em cursos dessas áreas – no Chile, a parcela atinge 29,3% e na China, 55,08%.

A qualificação técnica da mão de obra aqui no Brasil é dependente do chamado Sistema S, formado por instituições criadas pelos setores produtivos e que inclui o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), entre outros. Este conjunto de instituições, no entanto, não atendem à demanda atual das empresas por profissionais. "Embora com avanços nos últimos anos, essa qualificação não está sendo suficiente para atender à demanda atual e muito menos a futura", afirma a diretora da FGV-EAESP, Maria Tereza Fleury.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A importância do sócio ideal


Quando se escolhe uma pessoa para dividir as responsabilidades de gerir uma empresa, deve-se levar em consideração, em primeiro lugar, o tipo de habilidade que a outra pessoa possui. Se um indivíduo é talentoso na parte criativa, por exemplo, deve buscar as habilidades administrativas e de negócios em um sócio. “Avaliar o que a pessoa vai agregar ao negócio é um dos ingredientes básicos para escolher um sócio”, afirma Marcelo Aidar, professor do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP.

Não é necessário preocupar-se em encontrar uma pessoa que pense exatamente igual a você. É importante que haja uma boa convergência de ideias, filosofia empreendedora e visão do negócio, mas nada além disso. Por isso, prepare-se para enfrentar eventuais conflitos de pensamentos, o que, quando ocorre de maneira saudável, traz benefícios para todos na empresa. A amizade é um ingrediente importante, mas só isso não é suficiente, pois o sócio ideal é aquele que agrega competências ou capital ao negócio e complementa necessidades, virtudes e habilidades.

Para startups e negócios mais recentes, o ideal é ter o investidor anjo, que pode ser um parente – os empreendedores mais novos geralmente recorrem ao pai, por incentivarem e investirem mais facilmente em uma nova ideia. É de suma importância que os sócios pratiquem a transparência, honestidade e tenham a mesma visão, valores e ética sobre o negócio. A área de atuação de cada um deve ser bem definida, respeitando o trabalho do outro.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A nova face da Administração


A Administração de Empresas não deve ser tratada apenas como ciência. É necessário, antes de tudo, que ela seja compreendida pelos próprios gestores também como uma arte: “Em rápida análise das principais companhias existentes no Brasil, torna-se perceptível que a maioria delas tem na técnica sua essência. Mas onde está o valor do indivíduo? Assim como uma partitura, a estratégia pode ser interpretada de diversas maneiras. É impossível que esse processo seja bem-sucedido sem a presença de um protagonista - no caso, o CEO, que, aqui, deixa de ser gestor sistemático e transforma todos da equipe em sujeitos sensíveis, não em programas de computador”, relata Moisés Fry Snizfer, professor dos programas de Mestrado e Doutorado da FGV-EAESP.

Caso a técnica domine as mentes dos colaboradores, as empresas funcionarão seguindo um modelo já bastante surrado e revisto. Os métodos são necessários, mas as atitudes das pessoas, contando com a criatividade inerente ao ser humano, necessitam prevalecer.

As empresas devem entender que a gestão respaldada puramente em livros e teorias pode tornar vítimas do egocentrismo, idiossincrasias e, por que não, da esquizofrenia de um CEO. “ A forma de agir sempre será mais importante para a obtenção de resultados. Por isso, caros CEOs, deixem de lado o by the book e lembrem-se: são os indivíduos que constroem as empresas e o mundo”, completa Snizfer.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Investimentos no mercado brasileiro


O Brasil é a maior nação da América do Sul; em termos populacionais (já atingiu a marca dos 200 milhões de habitantes), em questões geográficas (com seus 8.547.403 km2) e economicamente, apresentando um PIB de R$ 4,143 trilhões (2011). Além disso, o país também conta com o maior número de internautas e as maiores receitas de comércio virtual entre os países da região.

Tudo isso fez com que as nações desenvolvidas e em ascensão, voltassem seus olhos e, principalmente, seus investimentos para o mercado brasileiro. A questão da crise pela qual as principais economias mundiais estão passando somente reforça a ideia de que o Brasil é um lugar cada vez mais seguro para investir. "O que está ocorrendo agora reflete o amadurecimento das empresas brasileiras, no sentido de saber que a competição global vem se ampliando e é preciso enfrentá-la para valer", explica a professora Maria Tereza Fleury, diretora da FGV-EAESP.

As empresas nacionais também estão refreando a internacionalização de seus capitais para investir aqui mesmo. Grande parte do capital que o próprio Brasil faz girar chega como forma de empréstimos intercompanhias, em recursos que não estão sendo dirigidos apenas para o mercado financeiro, mas também para os setores de tecnologia, indústria alimentícia, de bens de consumo e recursos naturais – isso, segundo a diretora da EAESP, é um reflexo do aquecimento do mercado interno.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Wesley Mendes da Silva, professor da FGV-EAESP, recebe PRÊMIO ITAÚ DE FINANÇAS SUSTENTÁVEIS

Realizado a cada dois anos, este prêmio é uma iniciativa do Banco Itaú de Finanças Sustentáveis, que visa a premiação trabalhos relacionados à Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.

Com o objetivo de estimular a produção de matérias jornalísticas e trabalhos acadêmicos nacionais sobre o tema “Finanças Sustentáveis”, disseminar o conceito e o debate sobre o tema por meio de uma rede estruturada com o público participante do prêmio, fomentar a produção de propostas, artigos, matérias e reportagens vinculadas ao evento Rio+20 sob o tema “Finanças Sustentáveis”.

“Faz parte de um esforço coordenado que estamos empreendendo ao redor do tema da felicidade no Brasil. Ou melhor, a respeito do bem-estar de jovens adultos nós desenvolvemos esse trabalho, que teve foco na inovação em produtos financeiros orientada ao bem-estar financeiro (uso de cartões de crédito)” relata Wesley sobre o trabalho.

Empresas seguram postos de trabalho


Apesar de o setor industrial brasileiro ter apresentado um baixo crescimento em 2012, o nível de empregos ficou praticamente estável no último mês. Uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que o nível de pessoas sem trabalho cresceu apensas 0,1% em dois meses. Em contrapartida, a renda média mostrou resultados positivos, já que passou de R$ 1.768,89 em agosto para R$ 1,771,2 no último mês.

Apesar da piora no desempenho, ainda não começaram os cortes de postos de trabalho, isso porque as indústrias ainda apostam na retomada do crescimento para o próximo ano. De acordo com o IBGE, em setembro do ano passado, o setor representava 16,4% do percentual de empregados - no mesmo mês deste ano, esse número caiu para 16%.

Especialistas acreditam que, mesmo com essa queda significativa, o país pode ter resultados melhores em 2012. A professora da FGV-EAESP, Celina Ramalho, diz que a economia brasileira passa por uma fase de acompanhamento de período de eleições, e que o crescimento deverá ser retomado no ano que vem, com, no mínimo, a manutenção ou a criação de novos cargos e melhores salários.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Redução de custos


Os primeiros anos de um negócio são os mais difíceis. De acordo com o Sebrae, cerca de 27% das novas empresas fecham as portas até o segundo ano de negócio. Compartilhar escritórios, ou estruturas administrativas, por exemplo, pode ser uma boa maneira de reduzir custos fixos.

“Para tentar minimizar esse percentual, o empreendedor deve prestar atenção nos seus custos fixos, pois são eles que podem inviabilizar o negócio. Entre esses custos estão aluguel, salário do pessoal e material de escritório. Já os custos variáveis são custos proporcionais à quantidade de bens produzidos, como a matéria-prima”, diz Tales Andreassi, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV-EAESP. Segundo o professor, se um negócio não começou a produzir, não é necessário contar com gastos extras.

Ao abrir uma empresa, é preciso fazer uma análise sincera e vale ainda refletir se aquele escritório localizado na melhor região da cidade é realmente necessário. Atualmente, com a melhora significativa dos serviços de internet de banda larga, muitos negócios podem funcionar com base no home office – com as devidas cautelas tomadas para que os colaboradores realmente cumpram todas as tarefas como se estivessem presentes no escritório. “Outra possibilidade é um espaço de "coworking" (compartilhamento de escritórios) ou mesmo uma incubadora, na qual o empreendedor divide o ambiente com outras pessoas”, diz Andreassi.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Controle Virtual


Atualmente, é possível encontrar vários sites que comparam taxas de juros, fazem um balanço orçamentário e recebem relatórios periódicos de movimentações financeiras - não é mais necessário entender profundamente sobre Excel ou detalhados blocos de notas para manter o controle das finanças em dia.

Há diversas opções no mercado, que permitem baixar dos arquivos para a plataforma na web. Além do controle financeiro, os sites disponibilizam relatórios de comparação de gastos e informações sobre vantagens de poupar parte da renda. Um dos recursos da versão paga, com preços que variam de R$ 7,90 a RS 9.90 ao mês, é o recebimento de avisos de vencimento de contas cadastradas por e-mail.

Na avaliação do coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP, William Eid Júnior, os sites têm a sua utilidade, mas os brasileiros ainda não sabem usá-lo muito bem. Segundo o especialista, o brasileiro tem tendência para o consumo e o nível de endividamento das famílias é razoavelmente alto. "Não há cultura de poupança", diz. Os brasileiros precisam urgentemente aprender a utilizar os recursos e maneiras de controles de gastos, para que a economia do país continue a crescer com estabilidade.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Aposta na educação


A educação executiva é uma das maneiras de colocar o Brasil em um nível de crescimento com sólidas bases. O aumento do PIB e o destaque cada vez maior no cenário internacional não determinam que o país realmente continue nesse processo de crescimento por muitos anos – a estabilidade é desenhada pela nação e esse processo sempre acaba na educação superior.

"A educação executiva no Brasil busca o conhecimento para aplicar na melhoria da qualidade da gestão, que tem o desafio de dar um upgrade não só nas escolas de elite, mas também no termo País, com uma qualidade em todos os aspectos", declarou a Professora Maria Tereza Fleury, diretora da FGV-EAESP, instituição que, aliás, aposta muito na internacionalização do ensino.

Para a Maria Tereza, especializada em Administração, a educação executiva no Brasil, do ponto de vista histórico, vem melhorando e se expandiu para muitas áreas, mas é necessário mais educação, que é algo importante para as deficiências de informação em muitos setores do conhecimento. A FGV-EAESP aposta na internacionalização através da cooperação em pesquisas de diversas partes do mundo.

CO2 em pauta


Uma parceria entre a FGV-EAESP e o World Resource Institute lançou o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), que começou a analisar, a partir de 2008, a difusão dos inventários de emissão de gases do efeito estufa. Há mais de 10 anos, gestores de sustentabilidade e meio ambiente buscam maneiras mais viáveis para verificar a questão do uso de carbono e seus produtos e serviços.

O maior uso das cotas de carbono não são oriundos do setor industrial (10% das emissões do País) – e sim, fruto do desmatamento e uso da terra. Todos esses dados estão de acordo com a exigência nos Planos Setoriais da Política Nacional de Mudanças Climáticas e também com as negociações de pós-Protocolo de Kyoto, que começam em 2020.

Uma das grandes dificuldades é a falta de conhecimento de diversos profissionais sobre a questão. Mesmo assim, a expectativa do Cebds é que as empresas participantes se multipliquem e ganhem escala a médio e longo prazo, seja por força das exigências do mercado, seja por restrições que tendem a ser impostas ainda essa década.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Expansão por vias de crédito


O Brasil já é um dos 20 países que mais consomem produtos e serviços no mundo. Em 2011, a nova classe média, composta por mais 37 milhões de pessoas, gastou o montante de R$ 975 bilhões de reais. Uma pessoa é classificada dentro da classe média no Brasil quando possui uma renda entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês – o que pode parecer pouco, mas pesquisas mostram que aproximadamente 54% da população apresentam uma renda inferior a esse número.

Mesmo com esse cenário aparentemente animador, dados do BC (Banco Central) elencam que boa parte da população dessa nova classe média ainda está distante do sistema financeiro nacional e que de cada dez operações de crédito realizadas em 2011, oito foram no mundo informal – isso é relevado pelo perfil da nova classe média empresarial, formada por negros (80%), jovens (55%) e mulheres (35%). Deve haver um esforço dos empreendedores para a formalização, defende o Sebrae.

Para promover uma maior inclusão financeira, uma das maneiras é incentivar a adoção de pagamentos eletrônicos por meio de telefones celulares (mobile payment). Para Eduardo Henrique Diniz, professor da FGV-EAESP e pesquisador do Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getulio Vargas (GVcemf), o incremento dos gastos em tecnologia das famílias de classe média no Brasil aponta que os meios de pagamentos móveis podem ser uma boa solução a curto prazo. "Podemos dizer que a inclusão social é também inclusão digital e financeira", concluiu Diniz.

Cuidados com o pós-crise


O fim da crise econômica internacional trará uma situação ambígua para as empresas brasileiras: ao mesmo tempo em que ficarão mais resistentes, por terem enfrentado um forte período de instabilidade, elas também terão que encarar a concorrência das corporações norte-americanas e das asiáticas (as chinesas em especial).

Isso se dá porque a maior parte das companhias internacionais pretendem expandir seus negócios quando a economia se estabilizar, principalmente nos países que conseguiram boa consolidação e que não foram seriamente afetados pela crise, como o Brasil. “Não se deve duvidar do poder de recuperação dos Estados Unidos”, alerta Maria Tereza Fleury, diretora da FGV-EAESP.

Isso vai fazer com que as empresas brasileiras também experimentem a internacionalização e por isso, elas devem crescer cerca de 1% ao ano, nos próximos anos. As companhias do chamado middle market, conhecidas por serem mais tradicionais, estão também mostrando interesse para o mercado exterior. No entanto, mesmo com essas tendências otimistas, um estudo do Banco Central aponta que investir em outros países ainda é muito mais propício para empresas de grande porte.

De acordo com a pesquisa, o Brasil tem cerca de 2300 empresas que investem no exterior, mas o grande montante de investimentos ainda é realizado pela gigantes.

Fique atento aos sinais de crescimento da empresa


Para que o negócio cresça de forma saudável todas as áreas necessitam estar em sincronia. O crescimento da empresa está sim ligado as vendas e ao faturamento, porém pode estar associado as custas de um marketing caro. “Às vezes, empreendedores não têm o perfil gerencial recomendável para visualizar os processos que são vitais para a transição de uma pequena empresa para média ou grande”, diz Gilberto Safarti, professor da FGV-EAESP.

Confira alguns sinais que podem indicar que nem sempre uma empresa está crescendo: Número de funcionários: Se a demanda de trabalho aumentou, geralmente, o tamanho da equipe também cresce, mas isso não pode ocorrer de maneira isolada e sem planejando. A empresa pode inchar ao invés de crescer, e passa a sofrer excessivo aumento de custos.

Novas filiais: Isso não significa, necessariamente, que a empresa aumentará. Caso o plano de expansão não ocorra como o planejado, novos clientes podem não frequentar as novas unidades e, consequentemente, não ocorrerá aumento da receita.

Falhas estratégicas: O empreendedor precisa avaliar o quanto está sendo gasto com marketing, em especial o digital. Mesmo com investimentos certeiros e bom acompanhamento das métricas, é preciso avaliar qual a motivação está levando as pessoas a visitarem sua página – por que os usuários estão acessando e se, de fato, eles se convertem em potenciais clientes.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Amadurecimento do mercado brasileiro


Mesmo com a diminuição da internacionalização das empresas brasileiras nos últimos dois anos, um estudo da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet) revela que não houve desinvestimento. Agora, a maior parte do capital que entra no País enviado por empresas brasileiras chega como empréstimos intercompanhias.

Esses recursos não estão indo apenas para o mercado financeiro. De acordo com Maria Tereza Fleury, diretora da FGV-EAESP, isso tem a ver com o aquecimento do mercado interno, com abertura de plantas, principalmente nos setores de alimentos, recursos naturais e bens de consumo.

Essa tática de reingresso de fundos não está sendo aplicada apenas pelo mercado nacional. Fleury afirma, baseada em dados da agência das Nações Unidas para comércio e desenvolvimento – Unctad – que as estatísticas apontam que, desde o ano retrasado, os países emergentes já representavam aproximadamente metade do investimento direto no mundo, mesmo com a crise, que, aliás, não impediu que as companhias brasileiras melhorassem seu desempenho no exterior. "O que está ocorrendo agora reflete o amadurecimento das empresas brasileiras, no sentido de saber que a competição global vem se ampliando e é preciso enfrentá-la para valer", explica a diretora da FGV-EAESP.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Forum Value São Paulo 2012


Assim como nas edições anteriores, o Forum Value São Paulo 2012 vai acontecer no salão nobre da FGV-EAESP e contará com palestras sobre value investing e diversos empresários, que apresentarão suas ideias de investimento e negócios no Investiment Picks.

O Fórum ocorrerá no dia 22 de novembro, na parte da tarde. Também no Salão Nobre da FGV-EAESP, a Value Investing Brasil realizará o Seminário de Valor, com a abertura sobre macroeconomia complementada com palestras individuais sobre value investing.

Para participar, basta se inscrever em um ou ambos os eventos de 22 de novembro de 2012, que serão estruturados para complementar um ao outro, usando como modelo o Congresso Value Investing Brasil 2012. Os dois eventos ocorrerão das 9h às 18h30.

Para mais informações, envie um e-mail para: cef-gv@fgv.br.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Nova ótica para a Administração


Há quase 60 anos no Brasil, o estudo de Administração de Empresas trouxe respaldo para uma classe da população que possuía empreendimentos (geralmente familiares) para gerir, mas não contavam com uma formação acadêmica de propriedade. Nas últimas décadas, muita coisa mudou: a sociedade, a economia e, principalmente, os interesses dos alunos.

“Para os administradores, os anos 90 foram marcados pela busca de colocações em grandes organizações, especialmente as empresas de telecomunicações e de consultoria. A virada do século, com a bolha da internet, atraiu recrutas para as empresas de tecnologia. Os anos 2000, até a crise do fim da década, foram dominados pelo mercado financeiro, e o momento atual tem um pouco de cada período anterior”, relata Thomaz Wood Jr, professor da FGV-EAESP.

Para estar sempre atualizada com as tendências encabeçadas pelos alunos, a FGV-EAESP organiza o dia da pesquisa, no mês de novembro. Durante o evento, são apresentados trabalhos realizados por estudantes de graduação, com a orientação dos professores da instituição. Essas pesquisas visam temas como o mercado financeiro, finanças corporativas e comportamento do consumidor, tudo voltado para o modelo “Geração Y”, o qual os jovens possuem grande quantidade e dinamicidade de informações.

Falando no novo perfil de mercado de trabalho que está sendo traçando por esses jovens, muita coisa está mudando do âmbito corporativo. A geração anterior não tinha pressa para conseguir uma promoção no trabalho e preferiam ficar seguros em seus empregos, ao invés de reivindicar posições superiores, ou partir para a aventura do empreendedorismo. “Jovens administradores estão cada vez mais interessados em abrir negócios e alinhar suas carreiras com temas sociais e ambientais”, completa Wood Jr, apontando que com a educação básica cada vez mais voltada a temas socioambientais, estão surtindo efeitos nesses futuros administradores.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Como os sites de compra estão mudando


Muito populares no Brasil, a partir de meados de 2010, os sites de compras coletivas experimentaram um enorme crescimento em 2011, faturando mais de 1,6 bilhão de reais. No entanto, devido a alguns fatores, como a relativa simplicidade da mecânina de um negócio do tipo e o grande aumento do número de empreendedores no mercado de internet, muitas pessoas se aventuraram no negócio, e a alta concorrência, aliada a um pífio crescimento econômico do país neste ano, fizeram com que mais de 300 empresas fechassem as portas desde janeiro.

Na avaliação de Alberto Albertin, coordenador do Centro de Tecnologia e Informação Aplicada da Fundação Getulio Vargas, o boom de sites de compras coletivas teve um crescimento desordenado, sem que os empreendedores dessem muita atenção à infraestrutura, fazendo com que o serviço caísse em descrença entre os consumidores. O aumento assistido em 2011 deu-se por conta da novidade do segmento. Mas agora, as pessoas passaram a entender como o esquema funciona e começaram a questionar a qualidade.

Uma das maiores empresas do ramo, o Click On, está adotando outras estratégias para continuar a frente do comércio eletrônico: grande parte das parcerias que não estavam atendendo as expectativas do público foram canceladas e estão ocorrendo novos investimentos em tecnologias, como aplicativos para smartphones. A tendência é que a compra coletiva seja mais um segmento dentro do site, do que o carro-chefe da empresa.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Formando os melhores


O International Herald Tribune, edição especial do impresso norte-americano The New York Times, publicou um lista com as 150 melhores instituições de ensino superior do mundo para se recrutar funcionários, e apenas duas faculdades brasileiras estão presentes na seleção: a FGV-EAESP, em 95º lugar, e a USP, ocupando 112ª posição.

De toda a América Latina, somente quatro instituições entram na lista, sendo a EAESP a mais bem posicionada. O ranking é baseado nas habilidades de um jovem candidato ideal a uma vaga de emprego, levando em consideração suas capacidades profissionais e também as escolas em que estudou.

Um time de peso definiu a seleta lista ao longo do último ano. Foram 2.500 recrutadores e 2.200 presidentes de multinacionais, que foram consultados para dizer o que procuram quando contratam recém-formados, independentemente da carreira que o candidato escolheu na faculdade. Foram ouvidos recrutadores e altos executivos de diversos países: Brasil, Reino Unido, Austrália, Canadá, China, Índia, França, Alemanha, Itália, Espanha, Estados Unidos, Malásia, Japão, México, Rússia, Holanda, entre outros.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Resiliência em pauta


Autor da primeira escala brasileira de resiliência, o pesquisador e professor da FGV-EAESP, Paulo Sabbag, lança pela editora Campus/Elsevier o livro “Resiliência: Competência para Enfrentar Situações Extraordinárias na Vida Profissional”.

A obra aborda a vida de personalidades do mundo empresarial, esportivo e cultural, como Amyr Klink, Bill Gates, Amy Winehouse e Ayrton Senna. O título aponta os nove fatores que compõem a resiliência, segundo a escala nacional.

Considerada pelo professor como uma das principais competências da primeira metade do século XXI, a resiliência foi tema de uma palestra durante o lançamento do livro, que ocorreu no dia 30 de outubro, na Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Conferências do Estoril contam com participação da FGV-EAESP


A terceira edição da Conferência do Estoril, em Portugal, irá debater os desafios da globalização em meio a uma das piores crises econômicas daquele país.

Marcado para acontecer entre os dias 30 de abril e 3 de maio de 2013, em Vila dos Cascais, próxima a Lisboa, o evento carrega o slogan “Desafios Regionais”.

Essas conferências são feitas no intervalo entre o Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre, no Brasil, e o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Esta edição do encontro contará com o apoio acadêmico da FGV-EAESP, que integra uma rede composta por universidades de alto nível do mundo todo, tal como a holandesa Erasmus e a americana Georgetown.

Alguns seminários já estão acontecendo por aqui, na sede da FGV-EAESP, para coletar informações e temas para serem discutidos no encontro português.

"Participar desse comitê fortalece o papel da fundação como um centro produtor de conhecimento para políticas públicas", diz Maria Tereza Fleury, diretora da FGV-EAESP.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Falta de dados dificulta a compreensão do setor imobiliário


Compreender o cenário atual do setor imobiliário tem se tornado cada vez mais difícil, pela falta de séries históricas longas sobre o preço dos imóveis, bem como sobre o perfil dos compradores e se esses são investidores ou famílias interessadas em morar.

O professor da FGV-EAESP, William Eid, acredita que há um comportamento explosivo nos valores de casas e apartamentos de grandes cidades do país. Segundo ele, como a renda não aumenta de uma hora para a outra, será necessário ajustar o preço.

De acordo com dados do Banco Central sobre créditos imobiliários, a renda pode limitar a alta dos imóveis. 36 mil famílias de São Paulo tomaram crédito imobiliário no valor médio de R$ 416 mil, para imóveis avaliados acima de R$ 500 mil, isso entre o início de 2007 e agosto deste ano, e o IBGE liberou dados que relatam que menos de 100 mil pessoas, na região metropolitana de São Paulo, terão renda para arcar com a parcela de um financiamento desse valor, de R$ 4 mil, ou com aluguel de valor igual.

Eid acredita que os preços caírem não é necessário para uma correção do descompasso do ocorrido. “Os preços podem até ficar estáveis em termos nominais. Mas em termos reais, não tem como", afirma o professor, focando que a inflação, nos níveis atuais de 5% a 6% ao ano, chega perto de 20% em três anos.

Ainda segundo o professor, muitos compram imóveis no lançamento, com o intuito de vender com um aumento de 30% na entrega das chaves, mas isso acontecer não quer necessariamente dizer se repetirá continuamente.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Queda de juros aumenta o risco de crédito


Saber avaliar o risco é uma característica importante do investidor de crédito, pois esse é o caminho para cobrar do gestor a rentabilidade que se merece. Segundo o professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas, William Eid, o risco de crédito é um dos mais negligenciados pelos investidores. No entanto, o brasileiro começará a conviver com esta nova categoria.

Ter plena noção do que acontece com a carteira do fundo é a primeira iniciativa a ser tomada. Os gestores avaliam que o primeiro aspecto a se prestar atenção é a diversificação da carteira, já que, de um modo geral, o regulamento do fundo define a exposição máxima a uma única operação de crédito, e ela costuma variar de 1% a 10%.

Prestar atenção na compatibilidade entre o prazo para resgate e a liquidez dos papéis que estão em carteira é outro ponto de grande importância. Se os dois estiverem desconectados, pode ser que o gestor tenha que vender, às pressas, ativos que estão na carteira, a preços nem sempre favoráveis, prejudicando, assim, a rentabilidade do fundo.

Saber avaliar é uma característica essencial ao gestor, quando relacionada ao crédito privado, e isso o caracteriza, já que, após uma operação, a volatilidade ao longo do processo é enganadora. No caso de operações problemáticas, o investidor deve se atentar à qualidade das garantias que a suportavam e como a situação foi resolvida.